De touros a girafa, elefanta, canguru e tubarão. De equipamentos dos Rolling Stones e muitos outros shows à vacinas e outros materiais farmacêuticos. De carros de Fórmula 1 a helicóptero. Tudo isso já passou e continua passando pelo terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos (TECA), em Campinas, um dos mais importantes e movimentados do Brasil e o maior em carga importada no país, com várias premiações e certificações.
Um exemplo recente merece destaque: 50 toneladas de rosas, um carregamento importado da Colômbia por quatro empresas brasileiras para abastecer o comércio do Dia dos Namorados de 2023. Uma carga delicada que exigiu operação especial, passando por câmaras frigoríficas para armazenagem.
Essa é a rotina do aeroporto que movimenta 40% de toda a carga aérea que chega no país. Em comparação com todas as alfândegas brasileiras, só perde para o Porto de Santos.
A vocação cargueira de Viracopos foi consolidada na década de 1990, quando o aeroporto, com seus 62 anos de história, despontou para o segmento de Carga Aérea Internacional. A infraestrutura foi ampliada, os processos de movimentação de carga e desembaraço aduaneiro foram modernizados, transformando o aeroporto em referência logística no cenário nacional.
Viracopos está localizado no “triângulo dourado” brasileiro, onde estão concentradas mais de 50 mil empresas (região abrangendo esta parte do estado de São Paulo que inclui a capital e Grande SP, região de Sorocaba e Campinas), com uma vasta produção industrial. “É uma região muito pujante, um volume de produção que torna Viracopos imprescindível para ter este comércio interno e externo bem atendido”, comenta o diretor comercial, Marcelo Mota.
E é justamente este o ponto que Mota destaca. Para fazer este atendimento, Viracopos vem adotando serviços e soluções logísticas inovadoras para tornar a operação mais eficiente e com menor custo. “Viracopos sempre foi muito inovador, procurando soluções integradas eficientes e com redução de custos para facilitar a operação e fidelizar os clientes”, reforça.
Inovação
Foto – crédito: divulgação
E são vários exemplos de inovações adotadas nos últimos anos. O aeroporto é pioneiro no Brasil em oferecer o Serviço de Destruição de Madeira. Mota explica que, por meio de uma parceria com o Ministério da Agricultura que resultou em uma portaria (MAPA nº 514), o aeroporto tem a permissão de destruir embalagens de madeira condenadas em solo brasileiro. Antes, essa madeira tinha que ser devolvida para o local de origem, o que gerava alto custo na operação. Com este novo serviço, é possível fazer a destruição, o tratamento do material, dar um novo destino mais sustentável, e ainda reduzir em 50% o custo que o cliente teria se o material fosse levado de volta, e ainda agilizando a liberação da carga.
Também implementou outro projeto pioneiro entre aeroportos brasileiros que está reduzindo os custos do transporte fracionado de carga importada, o Viracopos Cargo – Serviços Logísticos LTL (Less Than Truckload), ou “porta a porta”. Por meio de parcerias com transportadoras, é feito o frete rodoviário da carga fracionada e o cliente recebe em seu endereço, sem precisar ir até o aeroporto para fazer a retirada, uma vez que o espaço do caminhão da transportadora é dividido com a carga de outros clientes, e ainda há a previsibilidade e rastreabilidade da entrega, também gerando redução de custo.
E em 2023, passou a permitir um fluxo de baldeação internacional de carga (transshipment), tornando possível o processamento de carga em trânsito internacional que utiliza o aeroporto como ponto de consolidação da América do Sul. Este novo serviço é o resultado de um trabalho conjunto com a Receita Federal. Mota explica que uma carga vinda de um país da América do Sul de uma companhia aérea com destino à Europa, por exemplo, precisava passar pelo aeroporto com outra empresa levando a carga ao destino final, o que gerava uma burocracia e terceirização de frete. Agora, o novo serviço possibilita realizar todas as transferências de carga internacional após um processo de desconsolidação e posterior consolidação, com a possibilidade de troca para qualquer empresa aérea, com armazenamento das cargas em área segregada e autorizada pela Receita Federal.
“Com esse DNA de inovação, nosso grande estudo hoje é um plano para redefinir Viracopos como um operador logístico no transporte de mercadorias, se transformando em um provedor abrangente de soluções logísticas”, ressalta o diretor.
No total, o TECA possui uma área de 89 mil m² com sistema de monitoramento de segurança, sistema de transelevadores, instalações específicas para cargas vivas e posições estratégicas para aeronaves cargueiras em frente ao terminal. Destaque ainda para a estrutura dedicada para o segmento de Cadeia Fria. É o único aeroporto da América Latina a ter uma câmara fria de congelados, com ponto de ajuste de -18ºC. Possui 3,1 mil m² de área e 11 câmaras frias com antecâmara que garantem controle e monitoramento de temperatura 24h.
Cenário econômico e investimentos
Foto – crédito: divulgação
Após registrar a maior movimentação de carga (em peso) da história em 2021, processando 364,3 mil toneladas, e a segunda maior em 2022, com 357 mil toneladas, o ano de 2023 tem sido mais desafiador, segundo o diretor comercial. Diante de um cenário internacional de recessão econômica e conflitos geopolíticos, como a guerra entre Ucrânia e Rússia, os impactos têm efeito mundial, e estão sendo sentidos também no setor de transporte aéreo, mas a expectativa é de uma recuperação a partir de setembro de 2023.
Mota explica que as cadeias produtivas começam a se acomodar e há uma confiança de um cenário mais positivo a partir do segundo semestre do ano, inclusive no Brasil, com previsões do crescimento do PIB e com a aprovação da reforma tributária.
E dentro da meta de buscar eficiência, agilidade e redução de custo, Viracopos continua investindo e o antigo terminal de passageiro já está em obras para abrigar um complexo logístico específico de carga doméstica, que deve estar concluído entre janeiro e fevereiro de 2024. Dos R$ 92 milhões que estão sendo investidos atualmente no aeroporto, R$ 40 milhões são destinados para o terminal de cargas.
Raio X – TECA
Área total – 89 mil m²
Importação: 66.129 m²
Exportação: 19.232 m²
Carga Viva: 3.680 m²
Encerramento voo – 9h (tempo médio entre o pouso da aeronave e o encerramento do termo no Siscomex/Mantra)
Entrega da carga – 2h (tempo médio entre a solicitação de puxe e entrega da carga para o transportador)
Embarques TC-1 – 3h25 (Liberado e carregado/ Tempo com base em voo Fast Lane _atendimento prioritário para as empresas aéreas cargueiras mais pontuais_ e informação antecipada, pelo cliente, do palete aéreo para localização do embarque)
Premiações: eleito o Melhor Aeroporto de Carga do Mundo em 2018 (em sua categoria até 400 mil toneladas/ano) e o Melhor da América Latina em 2016, ambas as vezes no Air Cargo Excellence Awards (realizado pela Air Cargo World, uma das principais publicações do setor)
Conectividade: 200 pontos de origem e 191 pontos de destino que conectam Viracopos com o mundo.
Terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Viracopos (TECA)
Gerência Comercial de Cargas: (19) 3725-6205 | [email protected]
Core Cargo (Atendimento 24h): (19) 3725-5300 | (19) 3725-5330 / [email protected]
Mais informações: www.viracopos.com
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