Por Sandra Racy
No aniversário de 247 anos de Campinas em 2021, com certeza há muita coisa a ser dita sobre a cidade em termos de pesquisa e desenvolvimento, porém a nossa coluna dá destaque para aquele que é o órgão de pesquisa mais antigo da cidade e também do país, já que foi fundado em 1887, e tem seus resultados aplicados em melhorias de cultivar agrícola no mundo inteiro. Falo do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que em junho fez 134 anos ininterruptos de pesquisas.
O IAC, como é conhecido, é referência em muitos cultivares, porém vamos destacar aqui a do café, essa que é a segunda bebida mais consumida no mundo. Todo o trabalho do IAC é desenvolvido na Estacão Experimental e a do café fica em Campinas, na Fazenda Santa Elisa, que possui o Centro de Café “Alcides Carvalho”.
Um pouco da história
Ao longo do tempo, o centro desenvolveu um conjunto de 67 variedades. É responsável por cerca de 90% do café arábica produzido e consumido no Brasil e 70% em todo o mundo. É importante destacar que o centro de análise e pesquisa tecnológica do agronegócio do Café “Alcides Carvalho” atua no desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas para atender aos mais diversos segmentos da cadeia produtiva do café. Todo esse desempenho teve reconhecimento internacional por diversas vezes, a começar pela visita da Rainha Elizabeth da Inglaterra no ano de 1968.
Acervo – IAC
A história do Centro de Café “Alcides Carvalho”, que faz pesquisa em melhoria genética da cafeicultura brasileira, pode se confundir com a própria história do Instituto Agronômico. O centro teve suas atividades de pesquisa cafeeira mais desenvolvidas com a criação da Seção de Café em 1923 e Seção de Genética em 1929, isso tudo teve como resultado a consolidação do primeiro Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro do Brasil, em 1932. Vale destacar que o IAC pertence a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo desde a sua fundação.
Foto – crédito: Sérgio Pereira/divulgação
O IAC é composto por 13 Centros de Pesquisa (Centro de Ação Regional, Centro de Café, Centro de Cana, Centro de Citricultura, Centro de Ecofisiologia e Biofísica, Centro de Engenharia e Automação, Centro de Fitossanidade, Centro de Frutas, Centro de Horticultura, Centro de Grãos e Fibras, Centro de Recursos Genéticos Vegetais, Centro de Seringueira e Sistemas Agroflorestais e Centro de Solos e Recursos Ambientais), distribuídos entre Campinas, Capão Bonito, Cordeirópolis, Itararé, Jaú, Jundiaí, Mococa, Ribeirão Preto, Tatuí e Votuporanga.
Todas as atividades de pesquisa do Instituto Agronômico são mantidas com recursos provenientes do Governo do Estado e do Fundo Especial de Despesas, além de projetos financiados por agências de fomento, destacando-se FAPESP, FINEP e CNPq, além de recursos oriundos de parcerias firmadas com a iniciativa privada.
(*) Sandra Racy é jornalista e barista
Foto no alto e na matéria: site do IAC – www.iac.sp.gov.br
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