Foto - crédito: Juliana Hilal / divulgação
A “Ópera do Malandro”, clássico musical de Chico Buarque, faz brevíssima temporada em Campinas com apenas três apresentações . A montagem inédita, que reúne um elenco de mais de 50 atores-cantores-bailarinos — todos artistas locais —, é uma realização da Cia. Bravo de Teatro Musical e se apresenta no Teatro Oficina do Estudante – Iguatemi, nos dias 25 e 26 de outubro.
O musical, que conta com banda ao vivo, revive sucessos marcantes do cancioneiro nacional, como “Folhetim”, “Teresinha”, “Geni e o Zepelim” e “Homenagem ao Malandro”. Na nova encenação da Bravo, o espetáculo ganha uma roupagem dinâmica, com muito humor, energia cênica e coreografias envolventes, seguindo a tradição de produções de grande porte da companhia.
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Escrita em 1978, “Ópera do Malandro” é uma adaptação livre de Chico Buarque inspirada nas obras “A Ópera dos Mendigos”, de John Gay, e “A Ópera dos Três Vinténs”, de Bertolt Brecht e Kurt Weill. A direção da montagem é de Juliana Hilal, a direção coreográfica de Tutu Morasi, que traz números de dança focados na brasilidade e no suíngue, e a direção musical de Danilo Demori, com preparação vocal de Marília Andreani.
Segundo a diretora Juliana Hilal, o projeto marca a primeira dedicação da companhia a um musical nacional. “Este está sendo nosso desafio: trazer toda a brasilidade corporal e musical, na estética e no corpo dos atores. Estamos muito felizes em realizar a peça em Campinas, com elenco e equipe formados 100% por excelentes artistas da cidade, um trabalho com tanta qualidade técnica e emoção”, comenta Hilal.
A trama se desenrola na década de 1940, em um Brasil permeado por corrupção, jogo legalizado, prostituição e contrabando, cenário que ainda ressoa na atualidade. O enredo central gira em torno de Duran, um cafetão que se disfarça como respeitável comerciante, e sua esposa Vitória. A filha do casal, Teresinha, se apaixona por Max Overseas, um golpista que mantém conchavos com o inspetor Chaves, o chefe de polícia.
O universo da peça também apresenta prostitutas que se disfarçam de vendedoras de boutique e a travesti Geni, personagem central de um dos momentos mais memoráveis da obra na canção “Geni e o Zepelim”. A narrativa expõe, com ironia e musicalidade, as contradições sociais e os acordos obscuros de um país em uma crítica atemporal.
A Bravo é uma companhia de teatro musical sediada em Campinas, SP, criada em 2015. Desde a fundação, realiza montagens profissionais e acadêmicas, além de oferecer cursos, oficinas e performances. A companhia se destaca pela excelência e bom humor, acreditando no poder transformador da arte.
A companhia já levou mais de 20 mil pessoas aos teatros com montagens como “Minha Mãe e Meus Pais” (2015/16), “Deu a Louca no Convento” (2016/17), “Godspell” (2017/18), “A Pequena Loja dos Horrores” (2018), “A Família Addams” (2018/19), “Anna e a Rainha do Gelo” (2019-2022), “O Mágico de Oz” (2023), “L’Amour en Rouge” (2023/24) e “Witches” (2024).
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