Foto - crédito: Arquivo Pessoal
A Associação Campinas Parkinson (ACP) promove seu evento mensal focado em como a música pode aprimorar a qualidade de vida de pessoas com a doença. Desta vez, a entidade traz a musicoterapeuta Maira Camargo, profissional com pós-graduação e vasta experiência na área, para conduzir uma oficina sobre os benefícios dessa prática terapêutica. O encontro é gratuito e ocorre no próximo sábado, 25 de outubro, às 14 horas, no auditório do Lar dos Velhinhos de Campinas.
Os participantes terão a oportunidade de entender como a musicoterapia, que utiliza os elementos da música como som, ritmo, melodia e harmonia, atua na promoção da saúde. Maira Camargo detalhará o estímulo da expressão emocional, da comunicação, da memória, da coordenação motora, do movimento, do relaxamento e do bem-estar geral dos indivíduos.
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A especialista explicou que, para os portadores de Parkinson, a música é utilizada para promover ritmos e movimentos que auxiliam na fala, na coordenação e no equilíbrio. A musicoterapeuta destacou que está comprovado que a música ativa áreas cerebrais ligadas ao controle motor e às emoções, contribuindo, inclusive, para a melhora do humor dos pacientes.
Para a terapia, são selecionadas músicas com ritmo regular e marcante, além de melodias mais conhecidas que sejam agradáveis aos pacientes, facilitando o movimento e despertando lembranças positivas. Na avaliação de Maira, o conjunto desses benefícios proporciona uma melhora significativa na qualidade de vida dos parkinsonianos.
A presidente da ACP, Sandra Fontealba, recém-eleita para a gestão 2025 a 2028, enfatizou que o objetivo dos eventos da entidade é disponibilizar informações relevantes para os portadores de Parkinson por meio de profissionais especializados em diversas áreas da saúde. “Nossos eventos também reúnem familiares e cuidadores, para que juntos possamos promover uma melhor qualidade de vida aos parkinsonianos”, completou.
Fundada em 15 de setembro de 2007, a Associação Campinas Parkinson é uma entidade sem fins lucrativos e declarada de utilidade pública municipal. Sua missão é auxiliar na compreensão da enfermidade, do tratamento e dos recursos disponíveis para aprimorar a qualidade de vida das pessoas com Parkinson e de seus familiares. A entidade visa acolher, apoiar, informar e incluir por meio de eventos, palestras, festas, passeios e orientações sobre os direitos do portador da doença.
Os sintomas primários da doença de Parkinson incluem tremor de repouso, rigidez muscular, lentidão dos movimentos e alteração no equilíbrio. Por ser uma doença progressiva e degenerativa, é crucial que o paciente busque suporte médico para diagnóstico precoce e tratamento adequado. Embora a doença costume manifestar-se após os 60 anos, cerca de 10% dos pacientes têm menos de 50 anos e 5% menos de 40. A condição é causada pela perda de neurônios na substância negra do Sistema Nervoso Central (SNC).
Esses neurônios sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja redução nessa área provoca os sintomas clínicos característicos da doença. A dopamina atua em centros cerebrais ligados às sensações de prazer e dor, além de ter um papel comprovado no controle motor. A falta de dopamina afeta o movimento, um sintoma claro no Parkinson. A causa exata da doença ainda é desconhecida, mas fatores genéticos, ambientais e o envelhecimento são considerados possíveis causadores.
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