No dia 25 de outubro, o Iguatemi Campinas e a Papirus Editora promovem debate entre os autores Mario Sergio Cortella e Pedro Bial sobre o tema do livro que escreveram em parceria, “Gerações em ebulição: O passado do futuro e o futuro do passado”, que será lançado nesta data. Na compra de um exemplar dessa obra, a partir das 10 horas do dia 22 de outubro, na bilheteria do Teatro Iguatemi, os clientes ganham um ingresso para participar desse evento. Parte da renda obtida com a venda dos livros será revertida para o CEPROMM (Centro de Promoção para um Mundo Melhor), entidade parceira da Fundação FEAC que recebe apoio institucional por meio dos programas Fortalecimento de Vínculos e Primeira Infância em Foco.
A obra é fruto de um bate-papo pontuado por referências históricas e culturais, entre o filósofo Mario Sergio Cortella e o apresentador Pedro Bial, que falam sobre juventude, ansiedade, ócio, rebeldia, militância política e empreendedorismo.
“Parece que nós perdemos alguma coisa em algum lugar ao dizer que ‘o futuro não é mais como era antigamente’”, afirma Cortella. “Vejo isso talvez como uma certa melancolia que é própria do caráter brasileiro”, complementa Bial. Por melancolia ou mesmo desilusão com o futuro, os jovens têm voltado seu olhar para trás, idealizando um passado que, talvez, não tenha sido como imaginam. “O objeto de desejo de quem tem 20 anos é retomar um tempo que nós, que estávamos com 20 anos naquele presente que ele deseja, não queríamos”, observa Cortella.
Para o filósofo, o problema é que falta à juventude, hoje, a ideia de uma causa. “É uma juventude pós-fé, pós-ideia de vida eterna”, completa Bial. Os autores observam que se valoriza cada vez mais a instantaneidade, o aqui e agora, o que gera muita ansiedade. Mas “é no cotidiano que vamos nos resolvendo, e não no carpe diem”, ressalta o apresentador. Para Cortella, “a ausência dessa causa, portanto, a vivência do carpe diem como sendo uma eternidade, uma continuidade, um contínuo, um moto-perpétuo que renova a si mesmo, é produtora de melancolia”.
Nesse contexto, Bial percebe muitos jovens se envolvendo com militância política, mas por modismo, como se ela fosse uma rebeldia obrigatória da idade: “Estou vendo a garotada idealizar a militância política quando o exercício da política institucional é mais território de profissionais, seja de políticos, gestores de políticas públicas ou lobistas. Não vou julgar nem recriminar quem se engaja em causas que considera nobres, mas vejo, por exemplo, mais resultados transformadores sobre a realidade na atuação de jovens empreendedores, que geram riqueza e desafiam o Estado de maneira efetiva e radical – e também política!”.
Mais sobre os autores
Mario Sergio Cortella nasceu em Londrina (PR), em 1954. Filósofo e escritor, tem mestrado e doutorado em Educação pela PUC-SP, onde atuou como professor titular por 35 anos (1977-2012). É professor convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e lecionou na GVpec da FGV-SP (1998-2010). Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992), tendo antes sido assessor especial e chefe de gabinete do professor Paulo Freire. É autor de diversos livros nas áreas de educação, filosofia, teologia e motivação e carreira.
Pedro Bial nasceu no Rio de Janeiro, em 1958. É jornalista, escritor, cineasta, poeta e apresentador. Atua principalmente na televisão, sendo conhecido por ter apresentado os programas “Fantástico”, “Big Brother Brasil” e “Na Moral”. Atualmente, conduz o talk-show “Conversa com Bial”, na Rede Globo de Televisão. É autor de vários livros.
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