Atualizado em 18 de setembro
Campinas recebe a exposição inédita “Memórias do Império”, que foi aberta no dia 1º de agosto, na Casa de Vidro, localizada no Lago do Café. A entrada é gratuita ao público, e permane no local até dia 23 de setembro, com visitação de terça-feira a sábado (veja abaixo em ‘serviço’).
A mostra reúne um conjunto de cerca de 110 peças dos séculos 18, 19 e 20, pertencente à coleção particular da empresa EMS, maior laboratório farmacêutico no Brasil, instalada em Hortolândia, na região metropolitana. A mostra é apresentada pela primeira vez, e também faz parte das comemorações pelos 249 anos de Campinas.
Idealizada e realizada pela farmacêutica, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e do Museu da Cidade, o acervo foi reunido por cerca de quatro anos pela empresa e traz objetos raros que resgatam a história do Brasil Império.
De acordo com Marcus Sanchez, vice-presidente da EMS, a iniciativa foi idealizada a partir da experiência da empresa de patrocínio, entre 2019 e 2022, do projeto de revitalização e ampliação, em São Paulo, do Museu do Ipiranga – que foi reinaugurado e reaberto ao público em 7 de setembro do ano passado, marcando a celebração do Bicentenário da Independência do Brasil. A mostra em Campinas, explica, é uma forma de dar acesso ao conhecimento sobre a história de um período importante do Brasil e uma oportunidade para a população de fora da capital paulista mergulhar na vida cotidiana e nas imagens do regime imperial do século XIX.
Mais sobre a exposição
Organizada, portanto, para as comemorações do Bicentenário da Independência, que se concluem neste ano de 2023 com as celebrações da vitória brasileira nas batalhas de 1823, a coleção reúne diversos tipos de objetos ligados ao cotidiano monárquico e à construção da imagem dos monarcas no Brasil e no exterior. Os visitantes vão se deparar com telas a óleo, esculturas, gravuras, objetos decorativos e da vida cotidiana, mobília e armaria dos séculos 18, 19 e 20, além de outros relacionados à memória da independência.
A exposição tem a curadoria de Paulo César Garcez Marins, historiador, doutor em história social pela FFLCH/USP, livre-docente e chefe técnico de acervo e curadoria do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (Museu do Ipiranga). “A mostra também exibe um conjunto notável de objetos encomendados ou recebidos pelos monarcas para seu próprio uso, que foram utilizados em palácios nas cidades do Rio de Janeiro e Petrópolis”, acrescenta o professor e curador.
Segundo ele, há objetos raros na mostra, que reúne itens ligados à construção da imagem do estado imperial brasileiro e a vida cotidiana da família imperial brasileira e da família real portuguesa quando estava no Brasil. Ele destaca, por exemplo, objetos que vieram dos palácios do Rio de Janeiro e Petrópolis, além de uma coleção importante de pinturas e gravuras do século 19 que mostra a circulação de imagens dos monarcas no mundo todo como forma de legitimar a figura dessa nova monarquia. “Uma prática de dar à memória do mundo todo o conhecimento dessa monarquia, desses líderes de um novo país, e, também, memória desse império que vai atravessar a própria República. Essa exposição reúne objetos que pertenceram ao século 18 e 19, mas que foram mantidos e transitados de mão em mão no século 20 até chegar ao século 21. Documenta também um esforço de manter esses objetos como documentos da história do Brasil e que estão aqui reunidos pela primeira vez esperando pelos visitantes”, complementa.
“Campinas está muito orgulhosa em receber essa exposição, pelo que ela representa, já que nunca foi exibida e a itinerância começa por aqui, mas acima de tudo por apresentá-la ao público da cidade, da região, receber turistas e conectar com os estudantes. Um dos nossos focos são as visitas das escolas nessa volta às aulas. A curadoria do professor Paulo mostra a grandiosidade dessas obras, e conecta também com a história nesse momento do 7 de setembro (data da Independência do Brasil), que desperta o público e os estudantes para o tema”, comenta a secretária de Cultura e Turismo de Campinas, Alexandra Caprioli.
Ela destaca ainda que é uma oportunidade para os espectadores conhecerem o espaço da Casa de Vidro, que, de acordo com a EMS, recebeu investimentos da empresa para reformas e adequações para a instalação da exposição.
“A Casa de Vidro é um cenário que consideramos interessante pelo fato de sua arquitetura moderna contrastar com o acervo da exposição, composto por relíquias de séculos passados”, afirma o vice-presidente da empresa.
Exposição “Memórias do Império”
Local: Casa de Vidro – Museu da Cidade (acesso ao segundo andar por meio de uma entrada superior externa ao edifício). Av. Dr. Heitor Penteado, 2145, Parque Taquaral – Campinas
Escolas públicas, privadas e grupos interessados devem agendar visita pelo e-mail [email protected]
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