Foto - crédito: Daniel Gallo / divulgação
A exposição “Tudo que Reflete o Rio: Presença e esquecimento às margens”, do fotógrafo Daniel Gallo, convida o público a uma imersão poética e documental pelas margens do Rio Negro e de seus afluentes, no coração da Amazônia. A mostra será apresentada na Especialista Fine Art, no Cambuí, com vernissage marcada para as 19h, e período de visitação que se estende de 7 de novembro a 12 de dezembro, das 10h às 17h.
Este mergulho sensível em imagens retrata a beleza, a resiliência e o pertencimento das comunidades ribeirinhas, revelando o diálogo profundo entre o humano e o fluvial. O projeto, que investiga memória, território e natureza nas relações entre imagem e paisagem, nasceu durante a expedição “Barco da Saúde”, uma iniciativa que leva atendimento médico e social a comunidades isoladas.
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A bordo dessa jornada, Gallo registrou a vida que pulsa nas beiras d’água: casas coloridas refletidas nas correntezas, rostos marcados pela força do sol e pela doçura da sobrevivência, além de gestos cotidianos que revelam o ritmo lento e contínuo da vida ribeirinha. As fotografias exploram o conceito do reflexo — não apenas o físico sobre a superfície das águas, mas o simbólico, que revela a alma das comunidades.
Daniel Gallo, fotógrafo e artista visual, desenvolve trabalhos sobre paisagem, memória e identidade. Em “Tudo que Reflete o Rio”, ele reforça seu compromisso com a escuta visual, uma fotografia que observa antes de capturar e respeita antes de representar. O artista dedica-se a registrar expressões culturais e sociais em territórios onde o olhar urbano raramente alcança.
“O rio é um espelho do humano. Ao fotografar suas margens, eu me vi refletido nas vidas que habitam suas águas. Existe ali uma lição silenciosa sobre coexistência, paciência e resiliência”, afirma Daniel Gallo, autor do projeto.
A mostra pretende ampliar o debate sobre o papel das comunidades ribeirinhas na preservação ambiental e cultural da Amazônia, sensibilizando o público urbano sobre realidades distantes, mas cruciais para o equilíbrio do planeta. O projeto dialoga com temas contemporâneos, como sustentabilidade, identidade e pertencimento, e destaca a potência da fotografia como instrumento de registro e reflexão social.
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