O espaço Rabeca Cultural, no distrito de Sousas, em Campinas apresenta a exposição “Besɨro Yes”, do artista visual boliviano Leoni, com abertura neste sábado, dia 31 de julho, das 11h às 16h, e segue até o dia 8 de setembro, quarta-feira.
“Besɨro Yes” é um projeto artístico que condensa a pesquisa realizada entre 2018 e 2019 em San Javier, a primeira missão jesuíta da Bolívia, abordando a língua chiquitana, atualmente em perigo de extinção, no contexto do ritual pré-colombiano dos Yarituses (patrimônio cultural e imaterial) e da transformação ao longo da história influenciada pela transculturação.
Idealizado e realizado pelo artista visual Leoni, o projeto busca, através da pintura, vídeo, audiodocumental e realidade aumentada, mergulhar no conhecimento ancestral das culturas indígenas que habitavam a Chiquitania (zona de transição entre o Chaco e a Amazônia) para entender melhor a dinâmica da cultura e as dominações invisíveis que estão ocorrendo ao longo da história até hoje.
A mostra é uma experiência sensorial que convida o público a refletir sobre a sociedade atual e a globalização cultural que tem formatado o modo de fazer, de pensar, de interagir. É um convite a olhar para dentro, para nos perguntarmos de onde viemos e onde vamos, para olhar a modernidade com identidade.
Uma outra exposição homônima do artista ocorrerá concomitantemente na galeria de Arte do Hotel Los Tajibos, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
Mais sobre o artista
Leoni, cidadão do mundo desde 1976, artista visual, atualmente reside em Campinas, formado em Artes Plásticas na Universidad Mayor de San Andrés (La Paz-Bolivia). Desenvolve-se em diversas manifestações artísticas: pintura, muralismo, performance e instalações. Apresentou exposições individuais e coletivas na Bolívia, Costa Rica, Uruguai, Brasil, Chile, Peru, Áustria, Estados Unidos e Moçambique.
As suas obras são o reflexo de sua pesquisa experiencial com diferentes culturas, ciente de que ele é movido por uma energia, busca o equilíbrio entre o conhecimento ancestral e o moderno, sua obra é inspirada nas identidades dos povos e na sabedoria da natureza. Ele considera a arte como um estilo de vida, trabalha exclusivamente na arte desde 2000, recebeu reconhecimento por mérito pictórico, contribuição para a educação ambiental e impulso artístico cultural em várias cidades da Bolívia.
Também deu oficinas de pintura e criatividade no COBIMI, Escola de São Jorge e empresa Sinteplast, oficinas de muralismo na Universidade Amazônica de Pando, Sub-Governação do Departamento de Tarija e CRE Santa Cruz, oficinas de arte com crianças com TDHA em Intraid Tarija e idosos com Sinteplast Santa Cruz. A sua obra está no livro “Arte Contemporânea da Bolívia” (Ed. 2020). Foi criador e coordenador na concepção e execução de centros de interpretação, museus vivos, stands e painéis interativos para a WWF, Conservation International, Noel Kempff
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