Foto - crédito: Moara Tupinambá, divulgação
Com entrada gratuita e classificação livre, a artista visual Moara Tupinambá, do povo Tupinambá da Amazônia e residente em Campinas, apresenta a exposição “Maenry, Tupinambá eu existo!” no espaço cultural Fêmea Fábrica (rua Barão de Jaguara, 576). A mostra tem abertura no dia 6 de dezembro de 2025, sábado, das 15h às 22h. A exposição segue em cartaz até fevereiro de 2026 e revela uma série de fotomontagens que estabelecem um diálogo poético entre a arte contemporânea e a cosmologia Tupinambá, evocando a presença dos encantados, como Pataui, Curupira, Jurupari e Matinta Perera.
O evento de abertura contará com uma programação especial, incluindo a presença do Pajé Nato Tupinambá, do Baixo Tapajós, e do cantor de rap Wescritor, além da participação de Maickson Serrão, criador do Podcast Pavulagem, que aborda narrativas sobre os encantamentos da Amazônia. Para a noite, também está prevista uma celebração da culinária ancestral, com a chefe de cozinha Niceise Ribeiro preparando pratos tradicionais da cultura indígena, como maniçoba e vatapá.
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Durante todo o período expositivo — que se estende de 6 de dezembro de 2025 até fevereiro de 2026 —, a Fêmea Fábrica promoverá rodas de conversa, encontros e oficinas com a artista e convidados, como Socorro Tupinambá, mãe de Moara. O objetivo desses encontros é proporcionar um ambiente de troca e de fortalecimento da memória e da espiritualidade indígena. A acessibilidade do evento será garantida por meio de intérprete de Libras na expografia, e não é necessário realizar inscrição prévia para a visitação.
A curadoria da exposição é assinada por Janaú, com texto curatorial de Barbara X e produção executiva de Ingrid Tupinambá e Cassis Kariri Xocó. Todos os integrantes formam uma equipe majoritariamente indígena, reforçando o caráter coletivo e de retomada cultural que a exposição propõe. “Maenry, Tupinambá eu existo!” se configura como uma celebração da presença, da ancestralidade e da resistência dos povos indígenas também nos contextos urbanos, convidando o público a reconhecer os encantados como uma parte viva e essencial da floresta e do mundo contemporâneo.
Mais informações no instagram do Fêmea Fábrica
O público que comparecer à abertura da exposição terá a oportunidade de conferir os resultados da primeira etapa do projeto “Arqueologias de um casarão”. Este projeto visa dar continuidade ao restauro e à conservação da sede da Fêmea Fábrica, um casarão do começo do século XX tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc). A fase atual abrange a estrutura física essencial do edifício, buscando interromper patologias da construção e salvaguardar o patrimônio histórico, recuperando elementos danificados como portas, janelas, pisos, coberturas, calhas e forros.
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