Foto - Crédito: Estúdio Landini
Foto – Crédito: Estúdio Landini
A Rabeca Cultural, espaço sediado no distrito de Sousas, em Campinas, vai receber o duo Sion & Itamar para uma apresentação nesta sexta-feira, 13 de junho de 2025, às 20h.
A formação dueto, apesar de facilitar a comunicação entre os intérpretes, ao mesmo tempo é um desafio, pois ambos têm que manter o interesse melódico, harmônico e rítmico das peças. Os 40 anos de amizade, troca de ideias, trabalhos pedagógicos (Festivais de Campos do Jordão, Florianópolis, Curitiba, Emesp Tom Jobim), dedicação a seus instrumentos e, principalmente, uma descontraída alegria de tocar juntos, superam este obstáculo.
Ao contrário da primeira apresentação realizada pelo Duo na Rabeca Cultural, onde o sax barítono e o baixo acústico estavam presentes, o formato desta vez favorecerá o baixo elétrico de 6 Cordas, o piano, o sax soprano e a flauta picollo.
Entre os destaques do repertório, estão releituras com sax soprano e baixo de seis cordas de clássicos como “Folhas Secas”, “As Pastorinhas” e “Morte de um Deus de Sal”.
O programa também inclui composições autorais de Roberto Sion, como “Tema pro Ita” e “Chorinho pra Keith Underwood”, além de uma homenagem a Tom Jobim, com interpretações de “O Dia Que Você Gostar de Mim”, “Falando de Amor”, e peças de Sion dedicadas ao maestro, como “Lembrando o Tom” e “Choro Sorrindo pro Tom”.
O encerramento vem com intensidade, com “Fé Cega, Faca Amolada”, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos.
Os artistas
Roberto Sion está entre os mais atuantes e respeitados nomes da música instrumental brasileira, que além de saxofonista, flautista e clarinetista, também é reconhecido pelo seu trabalho de compositor, arranjador, maestro e professor. Viajou várias vezes à Argentina e Europa com Vinicius de Moraes e Toquinho, tendo participado junto a eles da famosa turnê europeia com Antônio Carlos Jobim e Miucha. Tocou por 3 anos com Hermeto Pascoal na década de 1970. Fundou o grupo instrumental Pau Brasil nos anos 80. Organizou e regeu a Big Band de S. José dos Campos, e foi fundador e regente titular da Orquestra Jovem Tom Jobim, de 2001 a 2014. Fez doutorado em Música pela Unicamp em 2015, toca desde os 11 anos e fazem parte de seu currículo 19 álbuns gravados. Fez apresentações como solista na Europa, Estados Unidos, Japão e em Israel, junto a Leila Pinheiro e Filarmônica de Jerusalém. Durante sua estada no Japão recebeu pela criatividade de sua obra nos últimos 30 anos a crítica de “um dos mais importantes saxofonistas contralto do mundo”.
Itamar Collaço começou sua carreira profissional aos 15 anos de idade em uma orquestra de baile. Em seguida, passou a atuar como músico em estúdio, televisão, teatro, bares e shows. Lecionou em cursos e oficinas culturais na Universidade Livre de Música. Participou do primeiro e do segundo Encontro Nacional de Contrabaixo, organizado pelo Instituto de Artes (Unesp) em 1990 e 1992, respectivamente. Em 1993, passou a atuar como professor de baixo elétrico na Universidade Livre de Música. De 1995 a 1999, preparou os alunos para se apresentarem na Big band nos Festivais de Inverno de Campos de Jordão. Proferiu cursos no Festival de Jazz de Tatuí, em 1998, e no Festival de Inverno de São Caetano, em 2000. Participou da gravação de vários discos de Claudio Nucci, Roberto Sion, entre outros. Atuou em shows com Eugénia Melo Castro, Cláudio Nucci, Tetê Espíndola e muitos outros. Na orquestra Arte Viva acompanhou Gilberto Gil, Elba Ramalho, Alceu Valença, Dominguinhos, Maria Bethânia e Maria João. Em 2001, passou a integrar o Zimbo Trio, ao lado de Amilton Godoy (piano) e Rubinho Barsotti (bateria).
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