No dia 5 de outubro, no Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA) de Campinas, será lançada a edição de n⁰ 72 da centenária revista da entidade.
Trazendo conteúdo literário e histórico diverso, a publicação reúne escritos sobre o Departamento de Cinema e o Cine-clubismo que, nos anos 1960, movimentaram a entidade sob a liderança de Marino Ziggiatti, Dayz Peixoto, Rolf Luna Fonseca, Luiz Carlos Ribeiro Borges, entre outros.
Sobre música, traz particularidades da ópera “Joanna de Flandres”, de Carlos Gomes, pela musicóloga Lenita W. M. Nogueira. Astronomia, no artigo “Nosso céu (não) tem mais estrelas”, por Orlando R. Ferreira. Literatura, através de artigos como “Romanceiro”, gênero literário que Campinas resgata, de autoria de Agostinho Tavolaro. “Tiana Amarante, mente brilhante que nos esquecemos de lembrar”, de Alcides Acosta.
Artigos sobre o universo caipira, de autoria de Glauco Barsalini, Fábio Gonzaga Gesueli e Jéssica Zaramella. E sobre Ciências, como “O Cidadão e a Teoria da Relatividade”, por Reinaldo Rigitano. “Nas Oficinas da Criação”, do autor Rodolpho Caniato, além de temas e tópicos focalizados pelo historiador Duílio Battistoni Filho, e pelos jornalistas e pesquisadores Laerte Ziggiatti, Gustavo Mazzola, Alcides Villaça e João Antonio Buhrer de Almeida.
No mesmo programa haverá, ainda, o vernissage de uma exposição de quadros inspirados pela temática do célebre pintor Van Gogh, pintados por artistas do Centro Campineiro de Artes e Cultura, sob curadoria da artista plástica Marly Stracieri. Além disso, também será exibido no auditório o documentário de 30 minutos “Pedras que Falam”, do cineasta, escritor e filósofo, Fernando Figueirinhas.
“Pedras que Falam” foi gravado ao longo de um ano, após Fernando Figueirinhas conhecer um imóvel pitoresco, no estilo de um castelo, no bairro Parque das Universidade.
Isso aconteceu depois dele se encantar pelos portões da construção, datados do começo do XX, e pelos paralelepípedos, usados na pavimentação de ruas históricas, ali utilizados, enriquecidos por imagens, quadros, altares, fontes, colunas sulcadas, capitéis que, em passado distante, decoraram mansões, capelas e grandes fazendas cafeeiras.
As peças, zelosamente recolhidas e restauradas pelo construtor do “castelinho”, Fernando Caleffi, remetem a escolas estéticas de todos os tempos. Nesse ambiente, perfeito para um filme, o diretor se entregou à aventura de gravar esse documentário de arte. A produção é tecnicamente artesanal.
Ali encontram-se a voz de Niza de Castro Tank, a grande diva lírica de Campinas, acompanhada por Chiquinho Costa e pelo violino de Gláucia Peruchi. Declamações de Marília Bestani e Camila Biebow. O dono da casa, Fernando Caleffi, declama trechos de poemas de Fernando Pessoa.
As peças dispostas cuidadosamente documentam as alegrias e tristezas das gerações que foram se sucedendo na história da cidade. A edição ainda mostra paisagens históricas e fotos de personalidades campineiras. A trilha sonora é de autoria do renomado compositor Raul do Valle.
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