Em setembro, o Café Filosófico no Instituto CPFL, em Campinas, traz a série “Ocidente e Oriente em diálogo”, com a curadoria do filósofo da Unicamp Antonio Florentino Neto. A entrada gratuita e também há transmissão online.
A partir de 1860, com os movimentos comerciais e diplomáticos, países orientais se apropriaram do legado técnico-teórico produzido pelo Ocidente. O mundo ocidental, ao contrário, tem ignorado produções culturais e o universo intelectual do Oriente, até suas transformações econômicas ocorridas na segunda metade do século XX, que os lançam como personagens decisivos no cenário político-econômico globalizado.
As implicações deste movimento serão temas dos encontros, que começam antecipadamente nesta quarta-feira, 5 de setembro, já que na sexta, 7, é feriado da Independência, e será comandado pelo curador, que irá discutir as proximidades e distâncias entre Oriente e Ocidente com o também filósofo da Unicamp Oswaldo Giacoia Jr.
Em pauta está o pensamento de alguns dos principais filósofos do Oriente, como Nagarjuna, Dōgen, Kitaro Nishida e Nishitani, e de filósofos ocidentais, especialmente Hegel, Schopenhauer, Nietzsche e Heidegger – segundo eles, os mais instigantes interlocutores no debate sobre Ocidente e Oriente na filosofia atual.
No encontro seguinte, dia 14, a cientista social e antropóloga Rosana Pinheiro Machado analisa os conflitos que surgem hoje na China entre a absorção da economia de mercado do mundo ocidental e elementos tradicionais da própria cultura chinesa no Café Filosófico CPFL “Made in China”.
Segundo ela, para se tornar um país exportador de todos os tipos de mercadorias, com preços baixos, a produção interna chinesa passa por transformações radicais e altera substancialmente sua configuração social, milenarmente agrária.
No dia 21 de setembro, o pós-doutor em filosofia indiana pela UFRJ Dilip Loundo, um dos mais importantes especialistas em pensamento indiano, fala sobre “Índia: razão e religião”. Radicado no Brasil há algumas décadas e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, ele vai abordar as diversas correntes de pensamento (filosofia, religião e cultura) da Índia antiga e seus desdobramentos contemporâneos.
No último encontro do módulo, na sexta-feira, dia 28, o monge budista Joaquim Monteiro abordará os desafios que a modernidade ocidental apresenta ao budismo, especialmente as questões referentes ao desenvolvimento técnico-científico que dominam, de forma avassaladora, sociedades budistas tradicionais, tais como as do Japão, Coreia e China.
Fonte: assessoria de imprensa
Foto – crédito: Rodrigo Cancela (divulgação)
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