Foto: Balé Folclórico da Bahia. Crédito: Malani / divulgação
A dança vai tomar conta de Campinas entre os dias 25 de setembro e 5 de outubro de 2025. É a 14ª edição da Bienal Sesc de Dança, que comemora 10 anos de realização na cidade. Anteriormente, o evento que nasceu em 1998 e tem 27 anos, era realizado em Santos. O lançamento ocorreu na manhã desta terça-feira, dia 2 de setembro, no Sesc Campinas.
Com cerca de 80 atrações, representando 18 países e 10 estados brasileiros, o evento reúne espetáculos, performances, instalações, música, ações formativas e atividades voltadas às famílias e crianças, transformando Campinas em palco da diversidade e da criação. Os ingressos começam a ser vendidos na quarta-feira, dia 3 de setembro (veja a programação completa no link).
Danças cênicas, urbanas, populares, experimentais e comunitárias compõem uma programação vibrante que mistura tradição e vanguarda, colocando em diálogo artistas consagrados e novas vozes.
As atividades acontecem em diferentes locais da cidade, como Sesc Campinas, CIS-Guanabara, Estação Cultura, Teatro Municipal Castro Mendes, Unicamp e praças centrais.
Realizado pelo Sesc São Paulo, com apoio da Prefeitura de Campinas e da Unicamp, o evento terá na abertura “O Balé que Você Não Vê”, do Balé Folclórico da Bahia, companhia com mais de três décadas de trajetória. A apresentação será no Sesc Campinas, no dia 25, às 19h30.
Mais sobre a programação
Foto: “DARKMATTER” (Holanda/Bélgica). Crédito: Bas de Brouwe / divulgação
A 14ª Bienal ampliou sua conexão com uma rede internacional de criação. Em 2025, Campinas recebe artistas da África do Sul, Angola, Áustria, Bélgica, Brasil, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, Guadalupe, Holanda, Inglaterra, Japão, Líbano, México, Portugal, Ruanda e Suíça – além de representantes de dez estados brasileiros: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo.
A curadoria dos espetáculos é assinada por um grupo de programadores do Sesc São Paulo: Ana Carolina Massagardi, Ana Dias de Andrade, Augusto Braz, Cléber Tasquin, Maitê Lacerda, Marcos Takeda, Marcos Villas Boas, Mateus Menezes, Paula Souza, Sara Regina Centofante, Simone Aranha, Talita Rebizzi e Vinicius Souza – em parceria com o artista convidado Flip Couto, cuja trajetória valoriza as estéticas negras, o hip-hop e o universo ballroom, e reafirma a dança como força de comunidade e de valorização social. Entre os temas em evidência está a resistência colonial, presente em obras do Brasil, do Chile e de Guadalupe, nas quais a dança se afirma como aliada na preservação da vitalidade e da identidade, devolvendo ao corpo seu lugar de brincar.
Foto: “Autophagies” (França). Crédito: Direitos Reservados / divulgação Sesc Campinas
Um dos eixos é a Temporada França-Brasil 2025, em comemoração aos 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países. Serão cinco espetáculos de diferentes regiões francesas, incluindo a coreógrafa Lēnablou, de Guadalupe, que apresenta “Le Sacre du Sucre” (“O Rito do Açúcar”). E ainda “Autophagies [Autofagias]”, com direção de Eva Doumbia, uma experiência sensorial e política que mistura culinária, performance e memórias ancestrais em um gesto de evocação e resistência.
Também entre os destaques internacionais estão a coreógrafa sul-africana Moya Michael, a chilena-mexicana-austríaca Amanda Piña, a companhia colombiana Sankofa Danzafro, o duo japonês Nanako Matsumoto e Kengo Nishimoto, o libanês Bassam Abou Diab e o grupo chileno La Huella Teatro.
Do Brasil, a cena plural se manifesta em trabalhos como “¡La Asimetría Es Más Rica![A Assimetria É Mais Gostosa!]”, de Estela Lapponi; “Sociedade dos Improdutivos”, da Cia Sansacroma; Vogue Funk, que une baile funk e vogue ball; além de obras de coletivos e artistas que exploram ancestralidade, resistência cultural e identidade.
Destaque ainda para o “Baile Charme do Viaduto de Madureira”, do Rio de Janeiro; “Couraça”, performance do Núcleo Atmosfera, do Maranhão, que funde corpo, canto popular e a lenda do Bumba Meu Boi em um rito de cura e resistência; o Camaleão Grupo de Dança de Minas Gerais, que apresenta “Verga”, criação coletiva inspirada na capoeira; a mineira Malu Avelar homenageando Geraldo Filme na performance criada em São Paulo, “Cordão”, evocando o samba e a presença do corpo negro e LGBTQIA+ no Carnaval como rito de continuidade ancestral; e o artista Juani Maniva, em “Rito Artístico: Farinha Poética”, que transforma lembranças da produção de mandioca no Pará em um ritual de reconciliação entre corpo, território e ancestralidade.
Foto: Cia Eclipse Cultura e Arte, de Campinas. Crédito: Jurssa Santos / divulgação
Campinas também marca presença com grupos locais: A Belíssima Casa de Odara apresenta “O GRANDE BAILE”, inspirado na cena ballroom, que ganha destaque nesta edição. Com performances e batalhas que afirmam beleza, ancestralidade e pluralidade das culturas negras, LGBTQIAPN+ e periféricas, transformando a noite em festa e resistência.E ainda o GiraSaia Grupo com”Saias”; e a Cia. Eclipse Cultura e Arte recria a energia do hip-hop em “Flow & Flava”.
Também estão previstas oficinas, conferências, encontros com artistas, uma banca de impressos sobre dança (Banca Tatuí) e a instalação “Cosmologias Ballroom”, no Sesc Campinas.
Além disso, a Bienal de 2025 marca um momento inédito em sua história: pela primeira vez traz na programação um projeto educativo voltado à mediação em dança. As atividades serão realizadas no Sesc Campinas e, de forma itinerante, em outros espaços da cidade. O projeto conta com ações educativas para o público espontâneo do festival e para grupos de instituições parceiras, além de trazer pesquisas e debates com foco em acessibilidade.
Para crianças
Foto: Jam Infantil. Crédito: Luiza Meneghetti / divulgação
A Bienal Sesc de Dança continua seguindo a tradição de dedicar parte da programação às famílias e crianças, com espetáculos voltados para a primeira infância, como “Assombrinho”, do Núcleo Quanta (SP), e “Pinhé… e Outras Formas de Abraço”, do Núcleo Nascedouro (Campinas).
No dia 4 de outubro, das 14h às 18h, a Gare do CIS Guanabara recebe quatro apresentações: “KDEIRAZ”, de Natália Mendonça (Brasil/Portugal); “O Diário de Duas Bicicletas”, do Grupo Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira; “Mané Boneco”, do Grupo Zumb.boys; “Jam Infantil”, do Coletivo SalaMUDA (Campinas).
A proposta é transformar o espaço em um grande quintal cultural, com piquenique coletivo, encontros e brincadeiras em meio à dança.
14ª Bienal Sesc de Dança Campinas 2025
Ingressos: vendas a partir de 03/09, às 15h, on-line no aplicativo Credencial Sesc SP, na Central de Relacionamento Digital (centralrelacionamento.sescsp.org.br) e presencialmente nas bilheterias das unidades do Sesc São Paulo
Instagram: @sescspcampinas
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