Foto - crédito: Firmino Piton / Prefeitura de Campinas/ Divulgação
A Orquestra Sinfônica de Campinas celebra seu retorno ao palco interno do Centro de Convivência Cultural com uma apresentação gratuita neste sábado, 29 de novembro, às 20h. É a primeira vez que a Sinfônica se apresenta na Sala de Espetáculos Luís Otávio Burnier depois de sua reabertura, após ficar fechada por 14 anos para reformas.
Para o retorno, o concerto será com a Sinfonia nº 2 em dó menor, de Gustav Mahler, conhecida como “Sinfonia da Ressurreição”, em uma parceria com o Coro Lírico do Theatro Municipal de São Paulo. A entrada é gratuita, mas a retirada de ingressos deve ser feita antecipadamente pela internet, a partir das 12h da quarta-feira, 26 de novembro. O link de acesso será disponibilizado no Instagram oficial da Orquestra (@sinfonicadecampinas).
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Cada pessoa poderá retirar dois convites por e-mail/CPF. É importante notar que os ingressos reservados serão garantidos apenas até 19h45; após esse horário, os assentos não ocupados serão liberados ao público presente. Não haverá assento numerado, permitindo que o público escolha a poltrona no local.
O espetáculo também contará com transmissão ao vivo por meio da parceria com a TV Câmara Campinas, no sinal digital 11.3, canal 4 da Claro/NET e canal 9 da Vivo Fibra. A retransmissão simultânea ocorrerá nas fanpages da TV Câmara Campinas e da Câmara Municipal de Campinas no Facebook, além de streaming no site campinas.sp.leg.br e no canal da TV Câmara Campinas no YouTube.
A “Sinfonia da Ressurreição” é um marco do repertório sinfônico ocidental, exigindo um grande conjunto instrumental e vocal que reunirá mais de uma centena de artistas no palco. A retomada da parceria com o Coro Lírico do Theatro Municipal de São Paulo reforça o caráter especial da noite.
Segundo o maestro Carlos Prazeres, regente titular da Sinfônica, a escolha da obra de Mahler está diretamente ligada à importância do momento. “Reabrir o Centro de Convivência de Campinas com a Segunda Sinfonia de Gustav Mahler é, pra mim, um gesto simbólico, histórico e profundamente afetivo. Esse espaço sempre foi mais do que um endereço cultural: ele é memória viva, encontro, transformação e pertencimento. Agora, ele renasce, e nada traduz melhor esse renascimento do que a música de Mahler”, afirmou Prazeres.
O maestro destacou ainda que a Sinfonia nº 2 vai além da grandiosidade sonora. “Ela fala sobre reerguer-se, sobre a força da comunidade, sobre a vida que insiste e ressurge quando encontra um motivo maior para continuar. Essa obra é um abraço, um chamado e um levante. E eu queria que Campinas se sentisse assim ao entrar novamente nesse espaço: convocada, acolhida e inspirada”, disse.
A obra de Mahler teve um longo processo de criação, iniciado em 1888 com o poema sinfônico Totenfeier. O ciclo da obra só foi unificado anos depois, inspirado pelas palavras da “Ode à Ressurreição”, de Klopstock, que Mahler ouviu no funeral do maestro Hans von Bülow. A peça dialoga com temas como finitude, espiritualidade, redenção e esperança, sendo considerada uma das construções mais ambiciosas do repertório sinfônico.
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