Foto - crédito: Inaê Coutinho
Campinas recebe, entre 4 e 8 de novembro de 2025, a segunda edição do “Cinegro – Festival de Cinema Negro”, consolidando seu papel como um dos principais espaços de difusão, formação e celebração do audiovisual negro no interior paulista. O evento, que tem entrada gratuita em todas as atividades, acontece em diversos locais da cidade, incluindo o MIS (Museu da Imagem e do Som), Sesc Campinas, Casa de Cultura Tainã e a entidade OMG Cultural.
Nesta edição, o festival se destaca pelo foco na valorização da produção audiovisual feminina e presta uma homenagem à cineasta Lilian Solá Santiago. Lilian é uma referência do cinema negro e afro-indígena brasileiro, recebendo tributo por sua trajetória pioneira e por sua contribuição para a construção de uma linguagem audiovisual decolonial. O reconhecimento também celebra os 20 anos do manifesto Dogma Feijoada, marco essencial na consolidação de um cinema protagonizado por pessoas negras no Brasil.
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Com curadoria de Andrea Mendes, Gilberto Alexandre Sobrinho e Uilton Oliveira, o festival apresenta mostras competitivas e paralelas, sessões especiais, a Mostrinha Infantil e oficinas. O objetivo principal é reunir, incentivar e premiar produções negras e afrodiaspóricas, propondo uma reflexão ampla sobre arte, identidade, representatividade e inclusão, e fortalecendo o protagonismo de realizadores e artistas negros em diferentes áreas do cinema.
Entre os momentos mais aguardados está a “Conversa CenaPreta”, com participação de nomes como Fred Nicácio, Alessandra Gama, Ana Flávia Cavalcanti e Daniel de Almeida, que debaterão o cenário audiovisual no Brasil, o papel da comunidade negra nas artes e as estratégias para o fortalecimento do setor. Outro destaque é a Oficina “E Se? Ficção Especulativa e Afrofuturismo”, ministrada por Beatriz Ferraz, que busca incentivar a imaginação de futuros mais equitativos.
O público mais jovem também terá seu espaço garantido na Mostrinha Infantil, que oferece uma sessão especial de cinema com curtas metragens selecionados, incluindo títulos como “Pedro Bom de Bola e a Chuteira de Led” e “Zacimba Gaba: A Princesa de Cabinda”, com classificação etária livre. A programação será encerrada no MIS Campinas com a exibição do documentário “Família Alcântara” (2005), dirigido por Lilian e Daniel Solá Santiago, seguida de uma conversa sobre o legado da diretora.
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