Gastronomia

Associação de Bares e Restaurantes da RMC estima retomada de 100% dos estabelecimentos com reabertura à noite

20 de agosto de 2020

Cerca de 60% dos bares e restaurantes na Região Metropolitana de Campinas reabriram suas portas nas últimas duas semanas, na entrada da cidade na fase amarela do Plano São Paulo de retomada econômica, após 139 dias sem atendimento presencial. Este número deve subir para 100% dos estabelecimentos que mantiveram as atividades, a partir desta sexta-feira, dia 21 de agosto, quando o setor poderá abrir por 8h diárias e retomar o atendimento no jantar, de acordo com estimativa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da RMC (Abrasel RMC).

O movimento, segundo a entidade, foi considerado acima do esperado após a retomada, e o faturamento chegou a 50% do período pré-pandemia do novo coronavírus, em março, com cerca de 60 dos bares e restaurantes reabertos. Agora, a expectativa é de que 100% dos estabelecimentos voltem a funcionar já que o horário de abertura permitido passará a ser até 22h. Antes estava limitado até 17h. Cada bar ou restaurante poderá dividir o período, conforme seu planejamento.

“25% das casas, como pizzarias e botequins, com atendimento noturno, permaneceram fechadas e deverão reabrir a partir da divisão de horário – diurno e noturno, até 22h – a partir desta sexta-feira”, explica Matheus Mason, presidente da associação. “O número de estabelecimentos que retornariam de imediato e o movimento nestes primeiros dias nos causavam apreensão, já que não fazíamos ideia de como seria o comportamento do público na retomada. Mas, para nossa surpresa, um número acima da expectativa reabriu e o movimento foi acima do que calculávamos”, explica.

A Abrasel RMC tem orientado seus associados a seguirem rigorosamente todas as normas e protocolos para uma reabertura segura, tanto para os funcionários como clientes. Isso inclui evitar aglomerações, atendimento somente a pessoas sentadas e dentro do limite estabelecido, funcionamento restrito ao horário permitido. Para evitar aglomerações, está orientando que os estabelecimentos estimulem o agendamento de horários.

Ainda segundo a entidade, a retomada de 60% das casas nas duas primeiras semanas da entrada da região na fase amarela foi um índice muito superior a outras cidades que já estavam nesta fase, como São Paulo, por exemplo, onde 80% dos estabelecimentos permaneceram fechados após a permissão de reabertura.

O faturamento foi outro fator que chamou atenção na reabertura. As vendas foram de 50% em relação ao início de março, antes do início da quarentena para conter o avanço da Covid-19. Esta queda é justificada por Mason. “Além de ainda estarmos vivendo a pandemia, com um número grande de pessoas com medo de sair de casa, os bares e restaurantes estão operando com capacidade de atendimento limitada a 40% da casa, o que justifica em parte esta queda”, analisa.

Segundo Mason, com funcionamento noturno, a tendência é de que o faturamento continue melhorando. “Um estudo feito pela Abrasel RMC mostra que 54% das vendas, que representam em torno de 80% do faturamento, acontece após as 18 horas”, afirma. “As mudanças autorizadas pelo Estado e a Prefeitura no Plano São Paulo são benéficas para o setor. Primeiro, em razão do tempo maior, que evita aglomerações, um dos pontos levantados pela entidade anteriormente junto às autoridades estaduais e municipais”, complementa.

O setor ainda está sofrendo fortemente os impactos da pandemia. Cerca de 4,5 mil estabelecimentos foram fechados na região e 27 mil postos de trabalhos foram fechados.

Fonte: assessoria de imprensa
Foto: divulgação

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