O Centro de Contingência da Covid-19 do estado de São Paulo negou o pedido do prefeito de Campinas, Jonas Donizette, para reabertura de restaurantes em Campinas e funcionamento do comércio por seis horas diárias a partir da próxima segunda-feira, 8 de junho, para quando foi adiado o início da flexibilização das atividades na cidade.
Na fase 2 (de cor laranja) do plano de retomada consciente do governo do estado, em que Campinas foi enquadrada, a recomendação é de abertura do comércio de rua e de shoppings por quatro horas diárias. O plano ainda não recomenda a reabertura de restaurantes nesta fase. Porém, Jonas Donizette havia anunciado na semana passada que os restaurantes poderiam abrir na cidade, no horário de almoço, e o comércio inicialmente poderia funcionar por 6h, duas horas a mais do que prevê o Plano SP.
Em transmissão ao vivo na manhã desta quarta-feira (3), o secretário de desenvolvimento do estado, Marco Vinholi, afirmou que esse pedido não vai ser autorizado. “Infelizmente, o Centro de Contingência não vai autorizar nada diferente do que está previsto no Plano São Paulo”, disse.
O governador João Doria reforçou a negativa dizendo que os prefeitos que se opuserem ao plano terão que recorrer à justiça.
Na tarde desta quarta (3), também em transmissão ao vivo nas redes sociais, o prefeito Jonas Donizette voltou a afirmar que não vai judicializar a proposta feita sobre restaurantes e comércios em Campinas. “Proponho minha ideias, mas existe uma escala de ordem governamental que deve ser seguida. Por isso, não vou judicializar”, afirmou o prefeito.
Jonas disse ter conversado com o secretário Vinholi por telefone e que concordaram que a cidade tem boa proporção de leitos, aumento de testagem e baixa taxa de letalidade (3,8%), mas que mesmo assim, o pedido foi negado enquanto Campinas estiver na fase 2 no plano de retomada. “Amanhã (quinta) ou sexta-feira vou me posicionar melhor sobre o assunto. Eu só queria que alguns setores tivessem a oportunidade que outros têm”, disse o prefeito. “Vou endurecer o jogo para que dê certo”, completou Jonas.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (Abrasel RMC) informou que vai se posicionar sobre o assunto até esta quinta-feira (4).
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