No anúncio de retomada das atividades a partir de 1º de junho em Campinas, o prefeito Jonas Donizette incluiu a reabertura de igrejas e templos religiosos, além de restaurantes, ampliando, portanto, os segmentos que constam no plano estadual para o início da retomada.
O prefeito afirmou que algumas alterações na medida do Plano SP do governador João Doria foi autorizada, visto que foi dada autonomia aos prefeitos. No caso do segmento de alimentação fora do lar, a liberação ocorreu apenas para restaurantes (apenas no almoço), e não para bares.
Para Jonas, com a flexibilização dos comércios de rua e dos shoppings, será necessário ter um local adequado para os trabalhadores almoçarem. “Já vi muita gente comendo com a marmita na mão ou sentadas em calçadas. Decidi pela reabertura dos restaurantes para que as pessoas que trabalham tenham um ambiente adequado para almoçar, higienizado e com banheiro para lavarem as mãos”, justificou o prefeito.
A partir da próxima segunda-feira (1º), portanto, os restaurantes poderão abrir apenas no horário de almoço seguindo regras como: redução da capacidade da casa para 30%; abertura a entrada de clientes apenas em horário de almoço de segunda a sexta-feira (abertura nos fins de semana ainda está sendo discutida e deverá constar no decreto municipal que erá publicado com as decisões); o jantar poderá continuar funcionando apenas no serviço de delivery e/ou drive thru; seguir regras de higiene do local e das áreas em comum como banheiros; disponibilização de álcool em gel; distanciamento entre mesas e cadeiras; e utilização de máscaras obrigatória em funcionários e clientes.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (Abrasel RMC) classificou como positiva a decisão anunciada nesta quinta-feira pelo prefeito.
Para o presidente da entidade, Matheus Mason, a permissão de reabertura de aproximadamente 3 mil restaurantes na cidade com 30% de capacidade para almoço é um “sinal de luz” para todo o setor. “A decisão do prefeito de inclusão do setor na reabertura mostra a preocupação e sensibilidade do poder público municipal com um setor bastante vulnerável e fortemente impacto pela crise”, afirma.
“Já perdemos 20% das empresas e mais de 7,4 mil postos de trabalho foram fechados somente em Campinas. A permissão de reabertura, mesmo que parcial, vai ajudar empresários a começarem a replanejar suas atividades, reestruturar o caixa e evitar mais demissões”. O presidente da Abrasel RMC acrescenta, ainda, que esta medida beneficia toda a cadeia de fornecimento, especialmente os pequenos produtores da região, que também estão sofrendo com a queda nas vendas.
A Abrasel RMC também estará orientando seus associados para que sejam adotadas todas as medidas necessárias para manter o distanciamento e a saúde dos funcionários e clientes. A entidade, inclusive, elaborou um protocolo pontuando todos os procedimentos que os estabelecimentos devem adotar, com base em práticas defendidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades da saúde nacional.
De acordo com dados da entidade, em mais de dois meses de quarentena, o setor de bares e restaurantes da Região Metropolitana de Campinas (RMC) contabiliza 15 mil demissões, 20% dos estabelecimentos do setor fechados e prejuízo de R$ 366,4 milhões em todos os municípios da RMC. Um levantamento que acaba de ser realizado pela entidade revela que a perda diária do setor chega a R$ 7 milhões.
Newsletter:
© 2010-2025 Todos os direitos reservados - por Ideia74