Cultura

Bienal Sesc de Dança 2019 movimenta Campinas no mês de setembro

22 de agosto de 2019

Campinas vai respirar dança no mês de setembro. A 11ª edição da Bienal Sesc de Dança e 3ª realizada na cidade ocorre entre os dias 12 e 22, e vai reunir cerca de 50 ações cênicas entre espetáculos, instalações e performances de oito estados brasileiros e de 12 países, como Alemanha, Argentina, Coreia do Sul, Espanha, França, Estados Unidos, entre outros, em diversos locais da cidade, entre instituições parceiras e espaços públicos, além do Sesc. A venda de ingressos começou na sexta-feira, dia 23 de agosto.

O lançamento da Bienal ocorreu no dia 22 de agosto, no teatro do Sesc Campinas, reunindo os curadores Fabricio Floro, Silvana Santos, Rita Aquino e Luciane Ramos (outro curador, Cristian Duarte, não pôde comparecer), gestores, artistas, representantes das instituições participantes e jornalistas.

O evento recebeu 1229 inscrições este ano, de acordo com os curadores. A maratona começa no dia 12 de setembro com o espetáculo “Dancing Grandmothers” (“Avós Dançantes”), da Coreia do Sul, com coreografia e direção de Eun-Me Ahn, conhecida como a “Pina Bausch de Seul”. O espetáculo, que será apresentado no Sesc, reúne jovens bailarinos da companhia com 10 senhoras, a maioria estreantes.

De acordo com o diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, o evento tem importância vital no campo das Artes Cênicas, e a escolha dos temas convergem com os valores da cultura e da visão humanitária investidos na programação.

Miranda ressaltou que um tema importante, especialmente neste momento, é a invisibilização dos corpos marginalizados. “A gordofobia, a questão da deficiência, racismo, tudo isso faz necessário agora tratarmos de maneira mais corajosa, firme, e a dança apresenta isso de uma forma mais expressiva. Portanto, a pluralidade dos corpos é fundamental que esteja presente em uma manifestação como essa”, disse.

O diretor também apontou os “tempos obscuros em que vivemos, em que artistas e produtores culturais precisam ficar atentos e unidos, mas que serão superados porque isso é inevitável com o desenvolvimento da cidadania e dos valores culturais brasileiros. O que vai prevalecer sempre é o caráter mais aberto, mais humanitário, nesse momento transitório, meio obscuro que atravessamos, parece que vai ganhar força mas não irá, porque a cultura, o conhecimento, a valorização do conhecimento vai prevalecer, é inevitável, isso vem decorrente de um processo humanizador e civilizatório”, ressaltou.

Segundo ele, a Bienal incentiva a produção, desenvolvimento, novas propostas e faz um diálogo importante com o público. “A dança em particular necessita de um fomento, uma força especial, de um esforço, porque tem dificuldade em relação a outras linguagens de estar presente no imaginário popular. A dança enquanto linguagem artística nem sempre encontra a mesma repercussão do ponto de vista de plateia, difusão, incentivo e recursos, e é importante valorizar.”

A Bienal Sesc de Dança é uma realização do Sesc São Paulo com apoio da Prefeitura Municipal de Campinas e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Toda a programação da 11ª Bienal Sesc de Dança em Campinas está na agenda do Campinas.com.br.

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