Citando a canção de Luiz Gonzaga: Paraíba masculina, Muié macho, sim sinhô…
Como falei em textos anteriores, assim como as “Mocinhas da Disney” vão a luta, ninguém mais fica esperando o príncipe encantado chegar. Assim também é com a Branca de “Branca de Neve e o Caçador” (“Snow White and the Huntsman” com Kristen Stewart). A atriz não muito feminina na saga “Crepúsculo”, naquele visual to jogada na vida, entra no vestido de princesa e é jogada no alto da torre. Sim, a “oscarizada” e injustiçada Charlize Theron, na pele da Rainha Ravenna, malvada mostra a que veio e justifica seu lado “Monster” mais uma vez.
A fotografia é um show à parte e te fisga desde o inicio. Com anões fora da lei, mega efeitos especiais, e um caçador que ofusca qualquer príncipe e desfecho não óbvio. Coloca assim uma boa sessão da tarde pra ninguém botar defeito. Dentro da linha do imprevisível, já que a princesa no melhor estilo Joana D’arc vai literalmente à luta sem nenhuma aula de defesa pessoal e termina o filme com um olho no peixe e outro no gato. Se é que me entendem? Não necessariamente nesta ordem. E pelo que se vê, as meninas agora não vão mais esperar príncipes, no máximo, um caçador.
Apesar de toda a fantasia e magia, existe boas soluções para se recontar esta história medieval que nada tem de infantil, ainda seria melhor se não fosse uma versão para público a partir de 12 anos. Só é difícil de engolir a preocupação da rainha que acha que a enteada Kristen será mais bela. Mais que Charlize! Não é nada crível, mas justificando a idade acumulada da vilã de tantas vidas não tão bem explicadas, mas isso é bom, da pra entender, afinal não existia cirurgia plástica e nem botox.
As fábulas fabulosas e os contos de fadas nunca estiveram tão em alta. Tão revisitadas, relidas, adaptadas e remixadas. Duas versões de Branca de Neve nos cinemas, a séria e a sátira. Nos seriados de TV: “Grimm”, “Once Upon a Time”, etc. Além das personagens que já comentei aqui, que lembram releituras das mesmas.
A nossa Nina (Débora Falabella) Branca de Neve contemporânea tupiniquim que é castigada e expulsa pela madrasta malvada após matar o rei (do lar e da família, Tony Ramos como Genésio). A nossa Branca vai parar no Lixão, a Branca do Tio Sam na Floresta Negra. Independente do talento de Débora, a personagem é devagar e chorona demais pra quem jurou vingança. Ao contrário de Emily VanCamp como Emily Thorne (Amanda Clarke) que realmente age e faz jus ao título da série!
A audiência é sempre regida pelo que o povão acha, e devem achar estranho, uma “Mocinha” que se preza ficar fazendo maldades por aí, ao contrário de Amanda Clarke que acabou colocando o amado na cadeia movida por “Revenge”.
Voltando a “Branca de Neve e o Caçador”, que em seu primeiro fim de semana de estreia, arrecadou US$ 56 milhões, poderá ganhar sequência, segundo informações do site “Deadline”, David Koepp, roteirista de “Jurassic Park” e “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, já foi contratado para trabalhar na produção. O diretor Rupert Sanders e o roteirista Evan Daugherty, que trabalharam na primeira sequência, não estariam confirmados.
Está pra estrear em Campinas, “Beleza Adormecida” (Sleeping Beauty, Austrália, 2.011). Lucy, uma jovem estudante precisando ganhar dinheiro, atende a um anúncio de jornal, passa a fazer parte de uma estranha rede de garotas de programa. Obrigadas a beberem um tipo de sonífero, elas adormecem diante dos clientes. Ao acordarem, elas têm a sensação que nada se passou. Direção da excelente Jane Champion de “O Piano”.
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