Por Alice Frungillo Lima
Você sabia que a ansiedade faz parte dos transtornos psiquiátricos mais comuns do mundo? Dados de 2012 apontam que 20% da população do estado de São Paulo sofre de transtornos de ansiedade, síndrome do pânico, fobias ou transtorno de stress pós-traumático. No Brasil, segundo o Instituto de Psiquiatria do HC da USP, aproximadamente 12% da população sofre de ansiedade. Isso são 24 milhões de pessoas ansiosas!
Estatísticas mostram também que transtornos ansiosos e reações ao estresse estão em segundo lugar das doenças mentais que mais afastam os trabalhadores brasileiros de seus empregos.
E você? É ansioso?
A ansiedade é adaptativa. Ela é útil para sabermos lidar com o perigo, nos coloca em alerta. Quando estamos em situações tensas, a ansiedade pode funcionar como um alarme, ativando processos fisiológicos (aceleração dos batimentos cardíacos, tensão muscular, náuseas, sudorese), comportamentais (interfere na capacidade de agir e de se expressar) e psicológicas (sensação de apreensão e perturbação), que nos ajudariam a fugir ou a lutar.
Contudo, quando a ansiedade passa a atrapalhar a nossa vida, nos impedir de desempenhar tarefas do cotidiano, produzir sentimentos negativos e sensações corporais desagradáveis, está na hora de pedir ajuda!
A ansiedade exacerbada pode ser encontrada na dificuldade em lidar com as pessoas, falar em público, se comportar em novas situações, e até nos eventos mais específicos, como entrar em um elevador, enfrentar um inseto ou alturas. A pessoa que reage, frequentemente, de maneira exagerada perante a uma ameaça (imaginária ou real) tem sua qualidade de vida prejudicada nos mais variados níveis (pessoal, profissional e social). Além de estar mais propícia ao aparecimento de diversas outras doenças, como gastrite, cefaleia, hipertensão arterial e até agravar quadros de asma e bronquite.
Mas como lidar, então, com a ansiedade?
Um passo essencial para a melhora dos transtornos ansiosos é conhecer o que te deixa assim, em que momentos a ansiedade se manifesta e o que fazer para reduzir as sensações fisiológicas e os sentimentos desagradáveis. Um psicoterapeuta pode auxiliar nesse processo, identificando as causas, promovendo autoconhecimento e formulando estratégias para alívio da ansiedade. Através de um processo psicoterapêutico, você pode perceber que aquilo que te traz ansiedade não é algo insuperável e que você é capaz de adquirir novos comportamentos, que, aliados com a prática regular de exercícios físicos, técnicas de respiração, relaxamento e bons hábitos alimentares, aumentará seu bem-estar e sua qualidade de vida.
Alice Frungillo Lima (CRP 06/125168) é psicóloga formada pela Universidade Federal de São Carlos, terapeuta comportamental pelo Instituto de Contingências de Reforçamento, cursando especialização em Terapia por Contingência de Reforçamento. Tem experiência na área clínica com atendimento de crianças, adolescentes e adultos e acompanhamento terapêutico nas áreas de habilidades sociais, manejo de contingências e hábitos de estudo. Atende no espaço Inova Derm
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