O concurso gastronômico Comida di Buteco em Campinas terá o seu resultado divulgado nesta segunda-feira (13), em um evento para convidados no Tênis Clube. Serão eleitos os três melhores petiscos entre os 23 concorrentes este ano na região, incluindo bares de Campinas, Jaguariúna, Sumaré e Hortolândia. A votação do público e um júri especializado ocorreu de 12 de abril a 5 de maio.
A média entre os quesitos avaliados garante o resultado da premiação. São avaliados de 0 a 10, a higiene, o atendimento, a temperatura da bebida e o petisco (que leva 70% da nota ). O voto do júri vale 50% e do público 50%. O Instituto de Pesquisas Vox Populi é o responsável pela apuração dos votos nas 16 cidades.
Este ano os botecos tiveram que oferecer porções coms ingredientes linguiça e/ou a mandioca.
Em 2012, o croquete de calabresa do Boteco Rancho Vô Joaquim foi eleito o melhor petisco do Comida di Buteco em Campinas. O segundo lugar foi dividido pelo Bar do Cação (“lanche de carne de onça”) e Boteco do André (bolinho de cupim) – pela primeira vez dois bares dividiram a mesma posição. Já a terceira posição ficou para a coxinha de carne seca do Cultura de Bar.
Histórico
Primeiro e maior concurso gastronômico do país, originalmente de Belo Horizonte, foi criado em 2000 com a missão de resgatar e valorizar a cozinha de raiz no Brasil, e estimular os pequenos estabelecimentos, botecos, à novas criações.
Campinas foi escolhida em 2010 para ser a primeira cidade do Estado de São Paulo a receber o evento graças à sua “alma botequeira”. “A cidade tem botecos que funcionam ininterruptamente desde a década de 1940. Isso mostra que os moradores respeitam e cultuam suas raízes, assim como os habitantes dos demais municípios da região, que comprovaram a vocação para o evento visitando os botecos em Campinas nos primeiros dois anos de concurso”, conta Eduardo Maya, que acrescenta que esse movimento turístico foi sentido pelos bares participantes e comprovado pela auditoria de votos da Vox Populi nas três edições anteriores do concurso.
Os botecos escolhidos são aqueles classificados como “espontâneos”, ou seja, o estabelecimento em que o proprietário, obrigatoriamente, administra o negócio; sua história e seu dia a dia comungam com a identidade do dono, que na maioria das vezes conta com a força de trabalho de mais pessoas da sua família. Não faz parte de uma rede ou franquia de marca.
Vários botecos que participam são muito tradicionais, tendo de existência, grande parte da própria vida de seus donos. Alguns passaram de pai pra filho, avô para neto. E tem aqueles que são mais recentes, mas com alma de boteco tradicional e espontâneo. Já nasceram com ótima relação com sua vizinhança e seguem fazendo tradição mesmo com menos tempo de existência. São todos estabelecimentos que tem na sua espontaneidade uma marca que os torna únicos e especiais. O que vale é que tenha cozinha boa, a cara do dono e alma de boteco.
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