Foto - crédito: Duda Rabelo / divulgação
A cantora Vannick Belchior, filha do lendário Antônio Carlos Belchior, se apresenta no espaço Rabeca Cultural, em Campinas, neste domingo, dia 14 de dezembro de 2025, às 19h30, com o show “Um Concerto a Palo Seco”. A performance é um mergulho na vasta obra do pai e conta com o acompanhamento do experiente violonista Lu D’Sosa.
Celebrando a herança musical de um dos maiores nomes da MPB, a artista traz à tona clássicos e canções menos conhecidas que marcaram a carreira do compositor cearense.
O título do show é uma homenagem ao álbum que Belchior lançou em 1999, e o formato segue a mesma proposta original: um trabalho acústico e direto. O espetáculo marca a decisão de Vannick de seguir o caminho da música, uma trajetória que seu pai já previa para ela. Lu D’Sosa, que acompanha Vannick, é um músico, produtor e compositor renomado, com experiência de palco que inclui acompanhamento ao próprio Belchior em outras ocasiões.
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Na apresentação, Vannick abre com a balada “De Primeira Grandeza”, presente no álbum “Melodrama” (1987), e segue um repertório que costura sucessos obrigatórios com lados B e canções menos celebradas. Segundo a artista, a escolha das músicas é guiada por um fio emotivo que une sua admiração pelo compositor com a proximidade da figura paterna. Ela destaca a influência de Belchior em suas referências musicais, apresentando-lhe nomes como Elis Regina, Milton Nascimento e João Bosco desde a infância.
Antônio Carlos Belchior é reconhecido por ter escrito um capítulo singular na história da música nacional. Deixando o seminário e a faculdade de medicina em Sobral (CE), ele se aventurou na música no final dos anos 1960, alcançando sucesso e reconhecimento com sua obra, que mescla poesia concreta, rock, bolero e erudição. A sua vida foi marcada por uma decisão abrupta de se afastar dos holofotes, culminando em sua morte em 2017 e a redescoberta dramática de sua obra por toda a nação.
Já Vannick Belchior, até 2020, estava muito certa de que seguiria o caminho do Direito e que cantar foi só um sonho de criança. Até que encontrou o amigo de seu pai, o músico Tarcísio Sardinha, que a convidou para um show com o repertório de Belchior. A apresentação, em agosto de 2021, reuniu um grande número de fãs, confirmando o destino profetizado pelo pai, que dizia “essa vai ser cantora”. Ela tinha 24 anos na época, a mesma idade que Belchior tinha ao estrear na música. Desde então, ela dedica-se a cantar e manter viva a memória e a obra de seu pai, sentindo que ele “merece esse reconhecimento”.
Vannick garante que seu projeto não é apenas mais um tributo, mas um reencontro de pai e filha por meio da música, um resultado de uma herança que vai bem além do cachimbo que ela ainda guarda com carinho como uma lembrança do homem que se emocionava quando ela estava em seu colo cantando “Medo de Avião”. Entre seus planos futuros está a criação de um bloco de Carnaval dedicado às canções de Belchior e, eventualmente, a gravação de composições próprias.
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