Por Ana Ornelas
Uma galeria a céu aberto. É o que propõe o projeto “Ocre: O Que os Olhos Não Veem”, que apresenta uma coleção de arte urbana no Centro de Campinas.
Idealizado pela artista e arquiteta Gim Martins, o projeto traz murais e obras de grandes escalas em diversas expressões, como muralismo, graffiti, lambe-lambe, stencil, pixo, escultura e mobiliário urbano. Ao todo, são 10 obras espalhadas pela cidade.
Além disso, em uma iniciativa inédita, também conta com uma imersão tecnológica de realidade aumentada e as obras sendo transformadas em NFT.
Em uma tentativa de trazer “uma visão sensível de todos os tipos de arte”, de acordo com a idealizadora, a exposição explora emoções, memórias e sentimentos humanos de oito artistas escolhidos por ela idealizadora. Majoritariamente campineiros, participaram do projeto: Dink, Estela Luz, Ewerton Rodrigues, Gabriel Scapinelli, Marta Christine Henriksen (Miss), Sara Rezende, Simone Siss, Robinson José da Silva, Chorão, Furto, além da própria Gim Martins.
Segundo ela, a ação tem o objetivo de sensibilizar cada vez mais as pessoas em relação à arte urbana, ou street art, como também é chamada, de forma a alcançar o maior público possível ao expor as obras gratuitamente e a céu aberto. O nome da coleção tem o propósito de mostrar como o mesmo tema – o que os ‘Olhos Não Veem’ – cabe em diferentes formas artísticas.
Fotos – créditos: Vras e Anna Júlia/divulgação
“Cada artista, munido de sua visão única, desafia quem passa pelas ruas a enxergarem além da superfície cotidiana da cidade. As obras exploram o invisível, os sentimentos escondidos nas entrelinhas urbanas e os momentos capturados apenas por aqueles que permitem uma observação mais atenta. Em cada traço, os artistas podem expressar intuição, emoção, história, memória, crítica social, entre outras questões”, conta a idealizadora.
Visita guiada e tecnologia
O projeto ofereceu um dia de imersão cultural gratuito, com atividades abertas ao público, com uma visita guiada pelas obras, acompanhada dos artistas, que ocorreu no dia 25 de maio de 2024.
E em uma iniciativa inédita, a exposição também conta com imersão tecnológica. Todas as obras terão recurso de realidade aumentada, e com novos elementos através de um QR Code disponibilizado em cada arte, produzida por Thiago Toshio, para que as pessoas também possam ter uma experiência imersiva com cada obra no local.
Além disso, serão transformadas em NFT. Os NFTs são tokens usados para representar a propriedade de itens exclusivos. Os NFTs permitem aos criadores tokenizar itens como arte e colecionáveis, por exemplo.
O projeto está sendo financiado pelo programa ProAC Expresso Editais, Governo do Estado de São Paulo e Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Locais das obras:
Obra: “Afeto e Confiança” – de Gim Martins
Local: Residence CampinasAv. Francisco Glicério, 1663 –
Obras: “Pedagoginga” – de Ewerton Rodrigues / “O que tenho dentro de nós” – de Simone Siss
Local: CEI – R. Dr Quirino, 1856 –
Obras: “Multidimensional” – de Marta Miss / “Um amor assim delicado” – de Estela Luz / “Reflexos do tempo” – de Sara Rezende / “A rua está vendo” – de Chorão e Furto
Local: CEMEFEJA – R. Luzitana, 1526
Obra: “A Arte através da Tela” – de Robinson José da Silva
Local: Largo do Rosário
Obra: “Banco W” – de Gabriel Scapinelli
Local: Largo do Pará
Obra: “Portal Geométrico” – de Dink
Local: Fêmea Fábrica. R. Barão de Jaguara, 576
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