Foto – crédito: Karina Couto/divulgação
O espetáculo-palestra “aTERRAr – E se deixássemos de ser Humanos?” estreia em Campinas com duas apresentações gratuitas no CIS-Guanabara, nesta sexta-feira e sábado, dias 1º e 2 de setembro, às 20h.
A artistas Cláudia Millás e Érica Tessarolo utilizam dança, vídeo, música e fotografia para sensibilizar o público a pensar e agir criticamente frente ao colapso ambiental.
A proposta é convocar o público a um pensamento crítico e a urgente necessidade de agir para a construção de outros mundos. O processo criativo de “aTERRAr” se deu a partir do diálogo fluido e criativo entre a performer e criadora Cláudia Millás, a diretora Érica Tessarolo, o compositor da trilha sonora Daniel Dias e o artista de vídeo Lucas Reitano. A dramaturgia que remete à uma palestra, combina as informações objetivas/científicas sobre o Antropoceno com as poéticas corporal, sonora e imagética que se sobrepõem em cena.
O texto dramatúrgico do trabalho foi escrito por Cláudia Millás, a partir da revisão técnica dos estudos mais recentes publicados por pesquisadores das mais diversas áreas sobre o tema, e que faz parte do seu projeto de Pós-Doutorado “aTERRAr: criações artivistas no Antropoceno”, que desenvolve no Lume Unicamp. A intenção de Cláudia com a dramaturgia deste espetáculo é evocar a necessidade urgente de mudanças na forma como a humanidade se relaciona com o planeta, assim como uma das obras de referência do processo criativo, o livro “O decênio decisivo – propostas para uma política de sobrevivência” (Editora Elefante), recentemente lançado pelo professor aposentado da Unicamp e pesquisador, Luiz Marques.
O subtítulo do espetáculo “E se deixássemos de ser humanos?” é uma provocação para o público refletir sobre nossa conduta enquanto seres humanos. “Que humanidade é esta que está provocando essas alterações, intervenções tão agressivas no mundo que a gente vive? E o quanto essas ações são inconsequentes por levarem à emergência climática que estamos vivendo. Que humanidade é essa que está levando o planeta a viver a 6ª extinção em massa, ameaçando a vida de outros seres, provocando as alterações sem precedentes como a introdução do plástico no planeta, entre tantas outras. Como a gente pode repensar tudo isso? Provocar uma mudança de conduta, com pegada mais ecológica? As intervenções existirão, mas que a gente as faça de maneira mais consciente, suave e leve. Seria deixar de ser humano para ser terrano”, completa Cláudia Millás.
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