Educação

Projeto sobre produção literária incentiva leitura entre alunos da EJA em Campinas

21 de abril de 2023

O projeto de incentivo à leitura “Como nasce um livro” vai beneficiar 2600 alunos da rede municipal de ensino da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Campinas.

Desenvolvida desde 2005 pela Editora Adonis, de Americana, e promovida pela primeira vez em Campinas, a iniciativa busca proporcionar aos estudantes a vivência do processo de produção de uma obra literária, desde a concepção até a ilustração, edição e impressão da publicação, e, desse modo, contribuir para a formação de leitores críticos, bem como despertar novos escritores entre os participantes.

Aberto no dia 11 de abril, o projeto será executado ao longo de 2023, organizado em 20 encontros presenciais, com a participação de 130 alunos da EJA em cada evento, representando escolas de diferentes regiões de Campinas.

O “Como nasce um livro” é um projeto de incentivo à leitura e à escrita que, desde 2005, já alcançou mais de 100 mil crianças da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e outras cidades, por meio da distribuição de mais de 1,5 milhões de livros.

Apresentado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o projeto é uma realização da Editora Adonis, com patrocínio da empresa Cartonifício Valinhos, a produção executiva da Track Comunicação e o apoio da Secretaria Municipal de Educação de Campinas e da Academia Campinense de Letras.

Interações

A dinâmica compreende interações dos estudantes com profissionais do setor literário, como a contadora de histórias Suzana Montauriol e a escritora Margareth Brandini Park. Enquanto a autora detalha a elaboração de seu livro “Doroteia, a velhinha que gostava de dançar”, permitindo aos participantes conhecer como é o processo de
confecção da narrativa da obra, a artista plástica Marilia Cotomacci, ilustradora da obra, também participa por meio de um vídeo em que apresenta as fases de seu trabalho, desde o primeiro contato com o texto a ser ilustrado, até o planejamento do caminho artístico a ser percorrido.

O tema será complementado por uma aula de ilustração digital, a ser ministrada por profissionais da Pandora Escola de Arte, e um vídeo sobre o processo gráfico permitirá aos alunos conhecer os detalhes da etapa final de impressão e acabamento de livros.

“A proposta é levar os participantes a ampliar o olhar para a literatura e estender a vivência com os livros para o seu cotidiano. Ao conhecer as etapas do processo de criação de um livro, desejamos que eles também se sintam encorajados a escrever e a ilustrar as suas próprias histórias”, afirma Jaqueline Silveira Fávaro, sócia da Editora
Adonis e responsável técnica e artística do projeto.

Atividades

As atividades ocorrem em três períodos, de manhã, à tarde e à noite, na sede da Academia Campinense de Letras, no Centro de Campinas, um dos espaços que representam a produção literária da cidade. No local foi organizada uma exposição composta de dez quadros dispostos em cavaletes com todas as fases de ilustrações do livro “Doroteia, a velhinha que gostava de dançar”. A mostra é franqueada ao público em geral.

Os estudantes também serão convidados a escrever suas próprias histórias, a partir das experiências literárias proporcionadas pelos encontros, com a distribuição de exemplares da obra “Como nasce um livro – registro de memórias/histórias” a cada um dos participantes. As 100 melhores formarão o “Letra Viva – Edição Especial”, publicação a ser editada e concluída ao longo da realização das atividades. Um evento será realizado em novembro para lançamento da obra.

“Nossa motivação na escolha de aportar recursos para viabilização do projeto “Como nasce um livro” foi pelo objetivo do projeto em incentivar a leitura como processo de desenvolvimento da educação e cultura da sociedade”, afirma o diretor financeiro do Cartonifício Valinhos, Helio Tovazzi. “Sendo uma empresa voltada a reciclagem de papel desde sua fundação em 1934, acredita que investimentos em educação e cultura trazem benefícios à sociedade, pela conscientização da importância da reciclagem no âmbito da responsabilidade ambiental, promovendo também resultados positivos, além do meio ambiente, como também na saúde, segurança pública e na economia”, completa.

O presidente da Academia Campinense de Letras, Jorge Alves de Lima, observa que a instituição, como associação de caráter privado e finalidades culturais, tem-se dedicado ao longo de décadas, desde a sua fundação, à “magna tarefa de preservar e incentivar o cultivo da língua portuguesa, assim como promover atividades diversas vinculadas à literatura, à memória histórica, à música, às artes plásticas e, de modo geral, à cultura em todas as suas manifestações. No exercício de sua atividade social, realiza regularmente as suas sessões mensais, tradicionalmente na noite da primeira segunda-feira de cada mês, sempre na sede social da entidade, às quais são abertas, gratuitamente, a toda a coletividade.”

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