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Prefeitura de Campinas fecha todas as praças de esportes e parques públicos após queda fatal de árvore no Taquaral

24 de janeiro de 2023

Atualizado às 15h58

O prefeito de Campinas, Dário Saadi, determinou o imediato fechamento, por tempo indeterminado, de todas as praças de esportes e os parques públicos da cidade em razão das fortes chuvas que atingem a cidade e dos riscos de quedas de árvores.

A decisão ocorre após a queda de uma árvore de grande porte na Lagoa do Taquaral, o principal parque da cidade, ter causado a morte de uma criança na manhã desta terça-feira, dia 24 de janeiro. Outras três pessoas foram atingidas e socorridas. No dia 28 de dezembro de 2022, uma outra árvore de grande porte, desta vez do Bosque dos Jequitibás, outra área verde da cidade, caiu sobre um carro que transitava pela rua lateral do espaço, matando o motorista.

Nota enviada pela Prefeitura informa que o prefeito lamenta profundamente o acidente ocorrido na Lagoa do Taquaral, se solidariza com a família das vítimas e coloca a Administração Municipal à disposição para prestar todo o auxílio necessário.

Foto: Eucalipto que caiu na Lagoa do Taquaral. Crédito: Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas

“Após mobilizar a Defesa Civil, a Secretaria de Serviços Públicos, a Guarda Municipal, o Samu, a Setec, a Secretaria de Saúde, a Emdec, entre outros serviços municipais, a Prefeitura pede à população que evite circular em áreas com muitas árvores. A Pedreira do Chapadão, por exemplo, já havia sido fechada ontem (segunda, dia 23), após a ocorrência de deslizamentos de pedras e de terra. Por causa das chuvas constantes desde dezembro, a situação em várias partes da cidade é de solo encharcado, o que aumenta o risco de quedas de árvores. Em apenas uma semana, a Defesa Civil já registrou mais de 200 quedas. As chuvas que caíram na semana passada estão entre as três maiores da história de Campinas. Na quinta-feira (dia 19 de janeiro), Campinas foi a cidade brasileira onde mais choveu”, conclui a nota.

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De acordo com a Prefeitura, desde o início de janeiro, o acumulado de chuvas na cidade ultrapassa os 500 milímetros.

A administração informou ainda que a Secretaria de Serviços Públicos faz a poda preventiva de árvores na cidade. Na Lagoa do Taquaral, onde aconteceu o acidente com vítimas na manhã desta terça-feira, 24 de janeiro, os trabalhos foram feitos há 15 dias para a correção dos eucaliptos mais altos, em toda a lateral do parque.

Segundo o secretário da pasta, Ernesto Paulella, a saturação do solo, extremamente encharcado, causa a queda de árvores de grande porte. “O município de Campinas teve nos últimos dias uma precipitação pluviométrica de 550 mm, mais que o dobro da série histórica dos últimos 10 anos de 270 mm. Esse fator tira a sustentação das raízes das árvores e, quando tem vento mais forte ou corrente de ar, gera instabilidade”, explicou.

Ainda de acordo com Paulella, a reabertura dos parques depende das intempéries climáticas ou da trégua da chuva. “É preciso que haja um período de secagem do solo para diminuir os riscos”, completou.

Foto: Funcionários fazem a remoção da árvore que caiu na Lagoa do Taquaral. Crédito: Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas

No caso da árvore que caiu na Lagoa do Taquaral, a inspeção visual feita pelos engenheiros agrônomos e florestais indica que ela estava sadia.

Além da criança que morreu, o acidente ainda feriu outras três pessoas, sendo mais uma criança, que teve ferimentos leves, e duas adultas. Uma delas foi encaminhada ao hospital Mário Gatti, onde passará por cirurgia, e a outra está em observação na UPA Anchieta.

Análise da figueira do Bosque dos Jequitibás

A informação da Prefeitura é que a figueira branca que caiu no Bosque dos Jequitibás, no último 28 de dezembro, estava saudável. Após análise do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), não foi encontrado agente patológico ou entomológico.

Com informações da secretaria de Comunicação da Prefeitura de Campinas

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