Às vésperas da Copa, álbum ainda ‘ferve’ entre adultos e crianças e rende criação de figurinhas personalizadas

Por Vinícius Zaia Ferreira

Todo ano de Copa do Mundo, o álbum de figurinhas é uma sensação entre os apaixonados por futebol. Em 2022, não foi diferente. Lançado pela Panini na segunda metade de agosto, o álbum fez um grande sucesso (e ainda faz!) e as figurinhas esgotaram com facilidade nas bancas na sequência.

De acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), as bancas de jornais e revistas tiveram um aumento de 347,1% em seus faturamentos na época do lançamento do álbum.

Foto – crédito: Vinícius Zaia Ferreira

E a molecada ‘caiu de cabeça’ na ‘nova mania’! Maria Clara Beretta tem nove anos e está colecionando o álbum da Copa pela primeira vez. Ela conta a parte que mais gosta da coleção. “O que eu mais gosto de fazer é abrir o pacotinho ou ganhar legend”, disse ela empolgada, apesar de ainda não ter ganhado nenhuma figurinha lendária.

Para Freddy Beretta, fisioterapeuta e pai da Maria, acompanhar a filha na coleção tem sido uma experiência nostálgica, já que o último álbum que ele fez foi o da Copa de 1998. Ele também ressalta as dificuldades que vêm sendo encontradas pelo caminho. “A parte difícil é convencê-la que virão figurinhas repetidas e que ela não vai preencher o álbum com tanta facilidade, além de que vai custar caro esse álbum completo”, afirma.

Por conta desse custo, muita gente botou a criatividade para funcionar e fez suas próprias figurinhas! E essa prática gerou ideias até pra uma nova oportunidade de negócio. Guilherme Bley, jornalista que trabalha na agência de marketing digital Autem Comunicação, de Campinas, criou um produto de figurinhas personalizadas para o álbum da Copa. Ele explica que a ideia surgiu de uma brincadeira.

Depois que um colega conseguiu a figurinha lendária do jogador Neymar, Guilherme fez uma montagem com uma foto do sogro no formato de uma figurinha do álbum. Os seus amigos e familiares começaram a pedir para ele fazer figurinhas com fotos deles. Com isso, Guilherme viu a oportunidade da criação do “Stiqer”. Ele montou a ilustração e começou a venda das figurinhas personalizadas. Os preços variam de R$ 17,90 até R$ 35,90 por figurinha.

“A novidade tem sido propor ações para chamar a atenção do público. Além de vender as figurinhas, são feitas dinâmicas e desafios que premiam os vencedores com as figurinhas personalizadas”, disse ele.

Segundo o jornalista, o perfil dos clientes é variado, mas a maioria das figurinhas tem sido de crianças e adolescentes. Além disso, donos de pets também tem feito pedidos de figurinhas com a imagem dos animais de estimação.

E quem estiver interessado, pode acessar o perfil criado para os “Stiqers”: @stiqer22.