Foto – crédito: divulgação
Neste sábado, dia 23 de julho, a Sala dos Toninhos, na Estação Cultura, recebe mais um evento cultural. Dessa vez é o “Festival Perifa Viva”, produzido pelos coletivos Alimentando Vidas, NaViela e Sarau Movimentarte, iniciativas lideradas por jovens das periferias da cidade de Campinas e pelo artista autoral Bobis Abakxi. O ingresso é de 1kg de alimento não perecível, que será distribuído às famílias de alta vulnerabilidade de seis bairros da cidade. A ação conta com apoio da Fundação FEAC, Prefeitura Municipal de Campinas, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, e da Casa Hacker.
Será a primeira edição deste que, segundo os organizadores, promete ser um grande encontro de vozes periféricas com duração de 12h ininterruptas de apresentações culturais, incluindo atividades para crianças. “Nenhum outro festival que conheci teve o compromisso de apoiar financeiramente todos os artistas e demais agentes envolvidos no evento e ainda oferecer uma legítima propagação de arte periférica, acessível para todos os públicos. Vi aqui uma oportunidade de trabalharmos em rede no fortalecimento de nossos coletivos e de nossa comunidade”, diz Aldinan Campos, de 17 anos, co-liderança do projeto “Alimentando Vidas”.
Atrações
Na música, o palco do evento receberá Giô Art Music, Sallon, Bobis Abakxi e Monaju com apresentação de repertório autoral, além dos DJs Flavio Rude, Raquel Ruff e Clandestina que juntos formam o Ruffneck Sound System, grupo que pesquisa a música jamaicana e passeia por todos os períodos e ritmos do reggae, com influências do rap, soul, r&b (Rhythm and blues), entre outros.
Já os artistas Nicky Karii, Rueiro e Cezinha apresentarão o “Cabaré da Estação” e levarão ao evento a alma do circo de rua, com palhaçadas, malabarismos, equilibrismo e pirofagia, onde a manipulação do fogo vai encantar e iluminar a noite do público.
Para colorir a festa, os artistas Zerrê, Mirs, Kadu e Chorão darão vida a tábuas de madeira descartadas como lixo, servindo de tela para os artistas, construindo de forma poética e numa linguagem da periferia um cenário criativo para a reflexão sobre sustentabilidade na cidade.
Majestade Babilônia, travesti preta, fundadora e mãe da @casadebabilonia comandará uma apresentação trazendo ritmos como o “trava funk” e brasilidades. O movimento ballroom é uma forma de refúgio, um lugar seguro para a população LGBTI+. A cena surgiu na comunidade negra latino-americana LGBTI+ da Nova York dos anos 60, se espalhou pelo mundo como um movimento político, de ocupação de espaços e de celebração a diversidade de gênero, sexualidade e raça, e está presente em nossa cidade.
Poesia, batalha de rima, feira e alimentação
A literatura também estará presente numa roda de poesia aberta à participação do público, todos que se sentirem à vontade para recitar uma poesia terão o espaço aberto.
A programação trará, também, batalha de rima com MCs selecionados para as competições regionais do interior de São Paulo. Empreendedores da economia criativa das periferias da grande RMC também compõem o evento com uma feira e ainda haverá praça de alimentação.
Atividades para as crianças
No período da manhã, das 10h às 13h, o festival vai proporcionar um espaço para que as crianças desfrutem gratuitamente de brincadeiras tradicionais da periferia, como dança das cadeiras, morto-vivo, entre outras.
O evento também contará com pula-pula, cama elástica, distribuição de pipoca e algodão-doce e uma trancista profissional para levantar a autoestima da criançada.
Ao todo cerca de 100 profissionais, todos residentes das periferias de Campinas, serão mobilizados para o evento.
Programação
10h00 – Espaço kids
13h00 – Roda de Poesia
14h30 – Batalha de rima
15h30 – Circo
16h00 – Ruffneck Sound System
17h00 – Roda Ballroom
18h30 – Shows (monaju – Sallon – Bobis – Giô)
21h10 – Saideira Ruffneck + Pirofagia
22h00 – Encerramento
“Festival Perifa Viva”
Local: Sala dos Toninhos – Estação Cultura
Mais informações: @festivalperifaviva
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