Atualizado às 18h46
O governo de São Paulo decidiu ampliar o horário de funcionamento das atividades econômicas na fase de transição do Plano São Paulo no estado a partir de 9 de julho, das 21h para até 23h, incluindo restaurantes, comércio, shoppings e serviços. A capacidade dos estabelecimentos também aumenta de 40% para 60%, mantendo todos os protocolos sanitários. O toque de recolher foi mantido das 23h às 5h. As novas medidas valem até 31 de julho.
De acordo com o governador João Doria, a decisão ocorre devido à queda em todos os índices da pandemia, internações, casos e óbitos. “Estamos caminhando passo a passo de forma segura para a retomada das atividades em São Paulo”, disse.
O governador informou ainda que serão realizados 30 eventos modelos a partir de 17 de julho no estado, nas áreas de cultura, negócios, lazer, esportes e turismo, e há um evento de Economia Criativa previsto em Campinas. Haverá testagem obrigatória e pessoas vacinadas, com rígido protocolo de controle e monitoramento dos participantes, inclusive pós-evento. “É um novo passo na retomada econômica. O objetivo é a retomada segura e gradual desses setores no estado, que foram profundamente abalados pela pandemia”, afirmou o governador.
Doria também anunciou a volta às aulas presenciais para escolas do ensino técnico e superior a partir de 2 de agosto, com ocupação de 60% nas faculdades públicas e privadas, com todos os protocolos de saúde.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, Patrícia Ellen, os números apresentam a maior desaceleração até agora, o que permite maior flexibilização no estado.
Sobre as medidas, ela reforçou que os estabelecimentos devem receber pedidos apenas até 22h para o fechamento às 23h, e a necessidade de manutenção de todos os protocolos sanitários.
Já o coordenador executivo do Centro de Contingência Covid-19, João Gabbardo, disse que a queda nos indicadores não ocorre de forma uniforme no estado, por isso a recomendação para as cidades que ainda estão com mais de 80% de ocupação dos leitos que avaliem a necessidade de manutenção das medidas restritivas de horários de funcionamento e ocupação atuais.
“Hoje a ocupação de UTI no estado é de 69%. Na Grande SP a ocupação é de 64%, mesmo com redução de leitos Covid para outras especialidades. Na baixada santista de 44%. Em algumas regiões ainda está acima de 80%. Nessas regiões a recomendação é que seja discutida localmente a possibilidade de manutenção de medidas mais restritivas para próximas semanas ter indicadores melhores. Que os prefeitos analisem a possibilidade de manutenção de horário de funcionamento para avanço seguro para a normalidade. É consequência da vacinação, que agora avança para populações mais jovens que têm resposta melhor, com possibilidade imunológica mais efetiva, resultado que deve acelerar bastante nas próximas semanas”, argumentou.
A Prefeitura de Campinas informou no início da noite desta quarta-feira (7) que vai manter na cidade as medidas anunciadas pelo governo estadual. Campinas está com 89,82% dos leitos de UTI-Covid ocupados nesta quarta.
O coordenador do Centro de Contingência Covid-19, Paulo Menezes, informou que a redução de internações no estado é de até 3% por dia nas enfermarias e quase 2% em UTIs, reduções atribuídas como reflexo da vacinação. Segundo ele, na faixa etária de 50 a 59 anos, que representa a 15% dos casos, as pessoas começam a desenvolver sua proteção após receberem a vacina, e agora está sendo finalizada a primeira dose na faixa entre 40 e 49 anos, que representam 20% dos casos, o que deve levar a redução de casos nas próximas semanas. “Assim é possível avançar na flexibilização das atividades, mas é preciso reforçar a necessidade de mantermos todos os cuidados sempre. A notícia da variante Delta em São Paulo é motivo de mantermos todas as normas de segurança”, disse.
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