Matéria em edição – 13h58
O governo de São Paulo determinou a prorrogação da fase emergencial, que iria inicialmente até 30 de março, até o dia 11 de abril. O anúncio foi feito pelo vice-governador, Rodrigo Garcia, em coletiva que segue no Palácio dos Bandeirantes na tarde desta sexta-feira (26).
Nesta fase, apenas os serviços essenciais funcionam, e com várias restrições, inclusive com um toque de recolher das 20h às 5h, que é mais rígido em Campinas.
“Em virtude dos números e da insistência do crescimento da pandemia, apesar de todas as medidas adotadas, o governo de São Paulo prorroga até o dia 11 de abril a fase emergencial”, afirmou o vice-governador e secretário de governo.
A possibilidade de estender o período da fase emergencial já era avaliada pelos integrantes do Centro de Contingência Covid-19, em virtude do cenário da pandemia no estado. De acordo com o coordenador do Centro, Paulo Menezes, conversas neste sentido já ocorriam e os períodos de fase vermelha e fase emergencial neste mês de março já começam a demonstrar resultado na redução da velocidade do crescimento de pacientes internados, embora ainda com aumento. A média chegou a 2,9% de aumento de internações por dia, e agora está em 2,2%. “Acreditamos que ao longo desse período vamos começar a observar redução progressiva de casos graves, além do efeito protetor da vacinação, principalmente nas faixas etárias mais idosas”, disse.
O coordenador também ressaltou que as prefeituras estão atendendo as recomendações do Centro de Contingência, muitas com medidas mais duras (como é o caso de Campinas) e necessárias para reduzir a circulação do vírus, com blitze, barreiras sanitárias, suspensão de operações descida para o litoral, e aumento fiscalização dos estabelecimentos que não seguem os protocolos.
Lembrando que em Campinas há mais restrições na fase emergencial a partir desta sexta-feira (26) (veja abaixo), além de implantação de barreiras sanitárias nas principais vias de acesso à cidade, especialmente em virtude do mega feriado na capital paulista.
E por conta do feriado em São Paulo, também foi cancelada a operação descida na rodovia dos Tamoios em direção ao litoral norte. No litoral sul, a operação descida no sistema Anchieta-Imigrantes aos fins de semana já tinha sido suspensa pelo estado na sexta-feira passada (19).
“Pedimos que as pessoas compreendam a gravidade do momento e a necessidade de ficar em casa e não viajar. Quarentena não é ferias. Se tudo der certo, teremos boas notícias no que tange a pandemia”, comentou o secretário de desenvolvimento regional, Marco Vinholi.
Novas restrições à fase emergencial em Campinas:
-Limitada a presença das pessoas nos comércios essenciais, como padarias, supermercados, atacadistas e comércio em geral que vendam gêneros alimentícios e produtos de limpeza, com entrada liberada de apenas uma pessoa da família no local;
-O serviço de drive thru agora fica restrito somente ao setor de alimentação. Lojas em geral estão autorizadas a atender apenas pelo delivery (entrega em casa);
-Delivery é permitido no horário de funcionamento do estabelecimento previsto em alvará;
-Veterinárias e petshops poderão atender apenas urgências e emergências;
-Manutenção predial também fica limitada à emergências;
-Assistência técnica só está liberada para equipamentos hospitalares e casos emergenciais, como equipamentos de trabalho (aparelhos eletrônicos, telefonia etc);
-Concessionárias de veículos não poderão mais funcionar, apenas estacionamentos de paradas de veículos (oficinas mecânicas estão liberadas).
Mais sobre as regras da fase emergencial:
ESCRITÓRIOS EM GERAL E ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS – Obrigatoriedade de teletrabalho (home office).
RESTAURANTES, BARES E PADARIAS – Somente entrega (delivery) e retirada de automóvel (drive-thru), com proibição de retirada de produtos no local. Mercearias e padarias podem funcionar seguindo as regras de supermercados, com proibição de consumo no local.
SUPERMERCADOS – Em Campinas, permitido funcionamento até 20h em virtude do toque de recolher das 20h às 5h.
FEIRAS – De acordo com decreto municipal em Campinas, permitido o funcionamento de feiras livres do segmento de hortifruti (hortaliças, legumes e frutas) e gêneros alimentícios, sem consumo no local. Feiras de artesanato e culturais estão suspensas.
ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS (COMÉRCIO EM GERAL) – Em Campinas está permitido somente (delivery).
COMÉRCIO DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO – Proibido o funcionamento e atendimento presencial. Em Campinas, liberado apenas delivery.
REPARTIÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – Obrigatoriedade de teletrabalho (home office).
EDUCAÇÃO ESTADUAL, MUNICIPAL E PRIVADA – No início da fase emergencial em 15/03, foi determinado recesso da rede estadual de ensino por 15 dias, e na capital há ainda o feriado até 05/04. Continua permitida no estado com 35% da capacidade apenas para quem precisa (crianças com necessidades em alimentação escolar, com dificuldade de acesso à tecnologia e suporte, com severa defasagem de aprendizado, cujos responsáveis trabalhem em serviços essenciais e com saúde mental em risco), mas a recomendação é para que todas as atividades sejam reduzidas ao mínimo necessário para diminuir a circulação. E quem puder, deve ficar em casa. Em Campinas, as escolas permanecem fechadas em todos os níveis, com exceção para cursos técnicos e universitários da área da saúde.
COMÉRCIO DE PRODUTOS ELETRÔNICOS – Em Campinas, somente delivery.
SERVIÇOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – Obrigatoriedade de teletrabalho (home office).
HOTELARIA – Proibição de funcionamento de restaurantes, bares e áreas comuns dos hotéis. Alimentação permitida somente nos quartos.
ESPORTES – Atividades coletivas profissionais e amadoras suspensas.
TELECOMUNICAÇÕES – Teletrabalho (home office) obrigatório para funcionários de empresas de telecomunicação.
ATIVIDADES RELIGIOSAS – Proibição de realização de atividades coletivas como missas e cultos, mas permissão para que templos, igrejas e espaços religiosos fiquem abertos para manifestações individuais de fé.
Foto: governo de São Paulo/arquivo
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